A lei, aprovada esta semana pelas duas casas do Parlamento russo (Duma e Senado), proíbe que os convocados pelo exército russo deixem o país desde o momento que recebem a notificação correspondente até que se apresentarem no centro de recrutamento.
Os russos têm duas semanas para comparecer, desde a notificação por escrito ou eletrónica da obrigação de ir para as fileiras.
Além disso, caso o interessado não se desloque ao centro de recrutamento no prazo de 20 dias, ficará provisoriamente restringida a possibilidade de abertura de negócio, carta de condução, compra de imóveis ou pedido de empréstimo bancário.
O documento cria ainda um registo eletrónico único de homens em idade militar, para que ninguém possa apresentar como argumento que não tem prova de ter recebido o ofício na conta pessoal do portal dos serviços públicos.
Embora não poucos russos tenham cancelado a inscrição no referido site administrativo, os autores da lei alertaram que a exclusão da conta não os isenta de comparecer. Por isso, muitos russos começaram esta semana a colocar bens, imóveis ou carros em nome das esposas e outros parentes.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou esta semana que a aprovação desta lei abra caminho para uma segunda mobilização, embora a dúvida permaneça. Putin já convocou 300 mil soldados na reserva, continuando secreto o ponto da lei respeitante à abertura de uma nova campanha de mobilização.
Além disso, o Ministério da Defesa russo anunciou planos para aumentar o número de soldados no exército para 1,5 milhões.
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