“Partimos do princípio de que não poder haver vencedores numa guerra nuclear e de que esta última não deve nunca ser desencadeada”, disse Putin, numa mensagem dirigida aos participantes numa conferência dos 191 signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNPN).

Na mensagem, divulgada no ‘site’ da internet do Kremlin, o chefe de Estado russo garantiu que a Rússia continua a cumprir “a letra e o espírito” desse tratado.

A Rússia anunciara ter colocado as suas forças nucleares em estado de alerta pouco depois do início da sua ofensiva na Ucrânia, a 24 de fevereiro. E Putin, por sua vez, referira retaliações “rápidas como um raio” em caso de intervenção direta do Ocidente no conflito.

Na mesma linha, a imprensa estatal russa e responsáveis políticos multiplicaram referências e ameaças veladas sobre a utilização de armas nucleares no conflito.

Hoje, os Estados Unidos, o Reino Unido e França pediram, por isso, a Moscovo para “pôr fim à sua retórica nuclear e à sua atitude irresponsável e perigosa” desde a sua agressão em grande escala à Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de cerca de 16 milhões de pessoas de suas casas — mais de seis milhões de deslocados internos e quase dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa — justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou que 5.237 civis morreram e 7.035 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 159.º dia, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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