Putin fala aos russos depois daquela que foi a maior ameaça à sua liderança nestas duas décadas de poder. Começa por se dirigir aos soldados "heróicos" que lutam na frente. Acrescenta que falou com todos os generais durante a madrugada. À semelhança do seu Ministro da Defesa, diz que os combatentes da Wagner foram manipulados e culpa o ocidente.

Refere ainda que tem que ser o momento de por de parte "todos os conflitos entre nós para que não nos possam destruir a partir de dentro", e acrescenta que quem neste momento estiver contra a Rússia é estar contra o povo.

"Vamos defender o nosso povo contra todas as ameaças, vamos defender o nosso povo da traição interna." E dirige-se ao líder do grupo Wagner,  "os interesses pessoais levaram à traição". A palavra traição foi usada várias vezes, sem desvalorizar o que está a acontecer.

Ainda no seu discurso, que decorreu como esperado, lembrou que os "soldados e comandantes do Grupo Wagner morreram combater pela Rússia, e agora são traidores."

E volta a lembrar que "qualquer revolta interior pode ser mortalmente perigosa para a Rússia. É uma punhalada nas costas do nosso povo".

Por fim, deixa uma ameaça e uma garantia, "todos aqueles que se tornaram traidores, e que cederam à chantagem de terroristas, irão responder perante a lei. As forças armadas levarão todos a justiça."

"Enquanto Chefe Supremo e Presidente da Rússia comprometo-me a defender a Constituição. Quem levantou as armas contra os seus camaradas são traidores." Termina apelando à rendição "aqueles que são arrastados devem suspender as suas acções e juntamente com a nossa pátria".