O exército libanês indicou esta quinta-feira que três dos seus soldados e quatro capacetes azuis da ONU ficaram feridos num bombardeamento israelita, que provocou a morte de três civis em Sidon, no sul do Líbano, onde Israel voltou a atacar forças do Hezbollah.

"O inimigo israelita lançou um carro que passou pelo posto de controlo de Awali, em Sidon, provocando a morte de três passageiros, além de ferir três soldados [...] e quatro membros do contingente malaio" da força de paz da ONU no sul do Líbano, declarou o exército em comunicado.

A força de paz da ONU foi implantada no sul do Líbano em 1978, após a primeira invasão da região sul do país por Israel.

Israel voltou a bombardear redutos do movimento islâmico Hezbollah no sul do Líbano, na fronteira com o território israelita, e na periferia sul de Beirute, onde uma área próxima ao único aeroporto do país foi atingida.

O bombardeamento israelita perto do aeroporto internacional de Beirute provocou danos em prédios da área, "mas não no terminal", segundo um responsável pelo aeródromo. O tráfego aéreo não foi afetado, garantiram as autoridades.

O ataque ocorreu depois de o Hezbollah anunciar, na passada quarta-feira, que tinha atacado uma base militar próxima do aeroporto de Ben Gurion, o principal de Israel.

Israel tem em curso uma campanha intensiva de bombardementos contra a milícia pró-iraniana no Líbano desde o dia 23 de setembro. Uma semana depois, iniciou uma expedição terrestre no sul do país, após quase um ano de confrontos transfronteiriços entre o seu exército e o grupo xiita.

O objetivo é conseguir o retorno de 60.000 habitantes do norte de Israel que foram deslocados pelos disparos do movimento islâmico.

O Hezbollah abriu uma frente contra Israel um dia depois de a guerra na Faixa de Gaza começar, a 7 de outubro de 2023, entre o exército israelita e o Hamas, em apoio ao seu aliado palestiniano.