“Cabo Verde é um exemplo de boa governação, de governação séria e também de preocupação séria em entregar o poder a quem tem competência para o exercer, a preocupação que tem em formar quadros, porque sem quadros o desenvolvimento não se faz e a governação torna-se mais difícil”, disse o antigo chefe de Estado.
Ramalho Eanes, que falava aos jornalistas na cidade da Praia, representa o Estado português na cerimónia de tomada de posse de Jorge Carlos Fonseca para um segundo mandato como Presidente da República de Cabo Verde.
O antigo chefe de Estado disse que a sua presença no ato, no qual participa também o ex-primeiro-ministro e presidente do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho, significa que os laços que Portugal estabeleceu com Cabo Verde são “muito importantes”.
Também disse que significa que Cabo Verde poderá ter um papel “mais significativo” a nível dos países de língua portuguesa, esperando aumento da cooperação “em todos os domínios”.
Quanto à Comunidade de Países de Língua de Portuguesa (CPLP), Ramalho Eanes desejou que Cabo Verde ajude todos os países membros a realizar o seu projeto e que seja cada vez uma “instituição de coordenação, de iniciativa e com estratégia”.
Ramalho Eanes sublinhou a “relação afetiva” que tem com Jorge Carlos Fonseca, mas também com “outros cabo-verdianos”, como o primeiro Presidente da República, Aristides Pereira, o ex-chefe de Estado Pedro Pires e Silvino da Luz.
“Há uma relação de amizade e de simpatia com este povo, pela hospitalidade que utiliza, por aquilo que tem de distintivo no conjunto dos países que falam português e estar aqui é um motivo de agrado”, terminou.
Jorge Carlos Fonseca tomou hoje posse como o quarto Presidente da República de Cabo Verde, após ser reeleito no dia 02 de outubro com 74% dos votos, numa cerimónia em que participam quatro chefes de Estado e 1.500 convidados.
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