As mortes por coronavírus em Itália atingiram hoje 1.266, o que representa um aumento de 250 nas últimas 24 horas, segundo o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli.
O número de infetados em Itália, o país europeu mais fustigado pelo surto de Covid-19, é atualmente de 14.955, mais 2.166 em relação a quinta-feira, enquanto os doentes curados são agora 1.439, mais 181 nas últimas 24 horas.
O número total de infeções desde a deteção do surto em Itália, no final de fevereiro, é de 17.660, incluindo os doentes, falecidos e curados.
Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu na segunda-feira alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Face ao evoluir do surto no país, as autoridades italianas ordenaram ainda o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias, para conter a propagação do novo coronavírus.
A Áustria e a Suíça estão a condicionar severamente o trânsito nas suas fronteiras com a Itália, para tentar conter a propagação do vírus, e várias companhias aéreas suspenderam voos de e para o país.
A China anunciou ainda que vai enviar uma equipa de especialistas a Itália para apoiar no combate ao surto do Covid-19.
Entretanto, uma corrida contra o relógio instalou-se no sul da Itália que se prepara para a pandemia de coronavírus. Trata-se de uma região menos desenvolvida que exige cuidados especiais devido às frágeis estruturas sanitárias, menos pessoal e material obsoleto.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.
A OMS justifica a declaração de pandemia com "níveis alarmantes de propagação e inação".
O número de infetados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios.
O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse hoje que a Europa, e não a China, é neste momento o epicentro da pandemia de coronavírus.
“Neste momento, estão a ser registados na Europa mais casos todos os dias do que os reportados na China, no auge da sua epidemia”, disse Ghebreyesus, em declarações aos jornalistas, em Genebra.
O diretor da OMS disse que, em todo o mundo, mais de 5.000 pessoas perderam já a vida, “um número trágico”, como resultado do surto do novo coronavírus.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo Portugal, onde já se registaram 112 casos confirmados de infeção.
*Com agências
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