“Qualquer ação da Rússia para subverter a liberdade e a democracia de que os nossos parceiros desfrutam seria um erro estratégico”, vai avisar a chefe da diplomacia, num encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO hoje na Letónia.

No discurso cujos excertos foram divulgados pelo seu gabinete, Truss vai defender “um mundo onde a liberdade e a democracia não apenas sobrevivam, mas também prosperem”.

“Para esse fim, estaremos juntos com as outras democracias contra a atividade maligna da Rússia”, prometeu.

A chefe da diplomacia britânica vai pedir aos Aliados que se unam para enfrentar qualquer agressão russa, “ao mesmo tempo que mantêm canais de comunicação abertos para explicar as (…) intenções e valores”, refere um comunicado.

Vai ainda pedir aos membros da NATO que aumentem os seus compromissos financeiros para com a Aliança e apoiem as defesas da Ucrânia.

O Reino Unido está atualmente a ajudar a Ucrânia a fortalecer as capacidades militares através da Operação Orbital, sob a qual o Reino Unido já treinou mais de 21.000 membros do exército ucraniano.

A Ucrânia pediu na segunda-feira aos seus aliados que ajam rapidamente para impedir a Rússia de uma invasão, argumentando que uma ofensiva por parte de Moscovo pode estar iminente, tendo em conta os movimentos das tropas russas.

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kouleba, avisou os aliados ocidentais que este é o “melhor momento para agir”, de forma a “conter as intenções da Rússia”.

Durante uma conferência de imprensa, Kouleba recordou que a Rússia concentrou cerca de 115 mil soldados nas fronteiras com a Ucrânia, bem como na Crimeia, a península anexada por Moscovo em 2014, e nos territórios sob controlo dos separatistas pró-russos no país.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos, a NATO e a União Europeia expressaram a sua preocupação com os movimentos de tropas russas junto às fronteiras da Ucrânia, temendo uma possível invasão.

A Rússia negou repetidamente qualquer plano nesse sentido e acusou a Ucrânia e os seus aliados ocidentais de estarem a alimentar “provocações”.

O leste da Ucrânia tem sido assolado desde 2014 por um conflito entre Kiev e separatistas pró-russos, que eclodiu logo após a anexação da Crimeia por Moscovo, tendo já provocado mais de 13.000 mortes.

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