Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias realizaram 100.490 testes que detetaram 3.877 novos contágios.

Os números foram reportados no dia em que o Governo divulgou o seu roteiro para a primeira fase de final do confinamento, que deverá iniciar-se na quarta-feira.

O Governo conservador de Boris Johnson apresentou os pormenores técnicos do seu plano, onde espera que funcionários de diversos setores profissionais, como a manufatura, construção, logística e distribuição voltem ao trabalho no Reino Unido.

As autoridades sanitárias recomendaram, pela primeira vez, aos cidadãos para cobrirem o rosto em espaços fechados, onde não é possível assegurar o distanciamento social.

A partir de quarta-feira, as pessoas já poderão exercitar-se ao ar livre as vezes que entenderem, embora essas atividades continuem restritas a uma vez diária na Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales.

Em junho, o Governo avaliará uma reabertura limitada das escolas, sendo expectável que regressem as aulas presenciais no pré-escolar, primeiro e sexto anos, sendo ainda permitidas sessões tutoriais para alunos do ensino médio, cujas aulas presenciais apenas se retomarão em setembro.

Também não é esperada a reabertura de lojas não essenciais até junho, embora não tenham sido transmitidas informações pormenorizadas sobre este setor, ficando em aberta a possibilidade de reabertura de barbeiros e cabeleireiros, restaurante, bares e cinemas, cuja situação será avaliada em julho.

O Reino Unido vai impor uma quarentena de 14 dias aos viajantes que chegam ao país, na fase de minoração das medidas de contenção no combate à pandemia de covid-19, dizem os ‘media’ britânicos.

O Governo britânico vai exigir aos viajantes que cheguem a aeroportos ou portos nacionais – oriundos de qualquer país, exceto da vizinha Irlanda –, para declararem a morada onde pretendem passar 14 dias isolados, ficando isentados de multas apenas os camionistas que transportam mercadorias básicas, numa medida que está a ser muito mal recebida pelos setores do turismo e da habitação.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.