Segundo a embaixada dos Estados Unidos, o consulado do país em Ponta Delgada é o "continuamente operacional mais antigo do mundo", mas este foi, numa primeira fase, localizado na ilha do Faial, com filiais em Ponta Delgada.
Os Estados Unidos e os Açores possuem uma longa relação, tendo os primeiros habitantes do arquipélago chegado ao país por via da baleação, no século XVIII, uma vez que baleeiras norte-americanas vinham recrutar no arquipélago homens com reputação de bons marinheiros.
Depois do vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial, em 1957, o então senador John Fitzgerald Kennedy e um colega italiano, John Pastore, fizeram passar uma emenda no Senado, denominado de 'Azorean Refugee Act', que permitiu a emigração de milhares de açorianos, também de outras ilhas, que aproveitaram a abertura.
Neste momento, estima-se que existam 1,5 milhões de descendentes açorianos concentrados maioritariamente nos Estados de Massachusetts, Rhode Island e Califórnia. Durante algum tempo, os Estados Unidos tiveram um agente consular na ilha das Flores, tendo, em 1917, todas as operações do consulado fixado-se em São Miguel.
Após John Street ter sido nomeado cônsul na Horta, Thomas Hickling, um empresário jovem americano que se mudou para São Miguel, em 1769, foi nomeado vice-cônsul em Ponta Delgada, também em 1795. Hickling deixou nos Açores lembranças e histórias que sobrevivem até hoje, sendo uma delas uma pedra com seu nome gravado, datada de 1770, que está situada perto de uma das piscinas vulcânicas do Vale das Furnas.
O diplomata criou um palácio de verão que designou de "Yankee Hall", nas Furnas, que se tornou a génese dos jardins do Hotel Terra Nostra. O primeiro edifício do consulado em Ponta Delgada foi o Hotel São Pedro, atualmente uma escola de hotelaria.
Durante o século XIX, representar os Estados Unidos tornou-se uma tradição para a família Dabney, uma vez que três gerações daquela família serviu o país, até que partiu em 1892, dos Açores. A atual cônsul dos Estados Unidos da América nos Açores é Kathryn Ryan Hammond, especialista na área de segurança, com o titulo de agente especial supervisora.
Sendo diplomata desde 2005, completou o seu treino em investigações criminais em Glynco, no Estado norte-americano da Georgia. A sua primeira comissão de serviço foi em Washington, de 2005 a 2009, seguindo-se a embaixada americana em Cabul (2009-2010) e o consulado do Rio de Janeiro (2010-2012).
De 2015 a 2017, esteve em Libreville, no Gabão, como oficial de segurança, regressando novamente a Washington por mais dois anos.
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