A recente decisão da Rússia de regressar a este acordo, do qual se retirou brevemente, "não significa" que queira estendê-lo além de 19 de novembro, o seu prazo atual, alertou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Antes de decidir se continuamos será necessário fazer uma avaliação", acrescentou.

O acordo mediado pela Turquia e pela ONU para desbloquear as exportações de cereais, que foi assinado em julho entre a Rússia e a Ucrânia, devia ser renovado a 19 de novembro.

A Rússia retomou a sua participação no acordo na quarta-feira, após declarar que recebeu garantias de segurança da Ucrânia sobre a utilização deste corredor marítimo.

No entanto, Peskov observou que a Rússia confia nas garantias da Ucrânia apenas graças à mediação da Turquia.

"O envolvimento da Turquia foi o principal fator de confiança", disse o alto funcionário. "O trabalho de Ancara e dos seus militares, diplomatas e o papel pessoal do presidente (Recep Tayyip) Erdogan são muito apreciados", afirmou.

Na quarta-feira, Putin ameaçou retirar-se do acordo novamente se a Ucrânia violar as garantias.

Enquanto isso, o vice-ministro das Relações Estrangeiras da Rússia, Andrei Rudenko, disse que o regresso de Moscovo ao acordo é uma questão diferente da sua possível extensão.