O anúncio desta medida foi feito pelo vice-ministro e Chefe do Estado-Maior do exército russo, Valery Gerasimov. De acordo com o jornal Izvestia, que salienta ter tido acesso a um documento sobre esta matérias, o desejo do Governo é que sejam  atribuídas 140 horas à disciplina durante os últimos dois anos de estudo.

“Tendo em conta a relevância da questão em apreço, a proposta de introdução de uma disciplina académica de treino militar básico, nos níveis do ensino secundário geral e secundário profissional, merece a nossa atenção e é apoiada”, disse Valery Gerasimov, numa resposta a Sergei Mironov, líder do partido 'Rússia Justa - Pela Verdade', que tinha feito uma proposta para incluir esta disciplina no programa obrigatório do ensino secundário geral.

Ainda de acordo com esta publicação, todos os partidos estarão prontos para apoiar esta iniciativa. Contudo, alguns defendem que esta disciplina seja dada apenas por pessoas com experiência em combate.

Já o Governo de Putin entende que bastará uma requalificação profissional dos professores existentes, destacando que "se for necessário pessoal adicional", propõe-se "recrutá-los de cidadãos que anteriormente serviram sob contrato em cargos de oficiais e militares".

Segundo revelou Sergei Mironov ao jornal Izvestia, a proposta feita ao Governo teve por base a guerra na Ucrânia. “Com o início da operação militar especial, essa questão tornou-se especialmente aguda. Mesmo muitos voluntários não têm a experiência necessária para participarem das hostilidades. A introdução de tal disciplina nas escolas permitirá preparar sistematicamente os cidadãos para um possível confronto com o inimigo", disse.