O Ministério da Defesa russo divulgou um vídeo em que um piloto bielorrusso afirma que o curso de treino na Rússia deu às tripulações dos caças-bombardeiros Su-25 da Força Aérea bielorrussa os conhecimentos necessários para utilizar tais armas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou no mês passado que Moscovo planeava posicionar algumas das suas armas nucleares táticas na Bielorrússia, em mais uma tentativa de acenar com a ameaça nuclear para desencorajar o Ocidente de apoiar a Ucrânia. A Rússia tem um acordo de aliança com a Bielorrússia que prevê relações políticas, económicas e militares próximas.

As tropas russas usaram o território bielorrusso para invadir a Ucrânia a partir do norte em fevereiro do ano passado e mantiveram-se desde então presentes na Bielorrússia.

O estacionamento de armas nucleares táticas russas na Bielorrússia colocá-las-á mais perto de potenciais alvos na Ucrânia e em Estados-membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) na Europa de leste e central.

A Bielorrússia partilha uma fronteira de 1.250 quilómetros com os membros da NATO Letónia, Lituânia e Polónia.

Esse tipo de armas destina-se a destruir tropas inimigas no campo de batalha; têm um alcance relativamente curto e muito menos poder que ogivas nucleares instaladas em mísseis estratégicos de longo alcance, com capacidade para arrasar cidades inteiras.

Putin indicou que a construção de infraestruturas para instalar armas nucleares táticas na Bielorrússia estaria concluída até 01 de julho.

Moscovo também ajudou a modernizar a aviação de combate bielorrussa para a adaptar para o transporte de armas nucleares e forneceu a Minsk mísseis de curto alcance Iskander, que podem ser equipados com ogivas nucleares.

O líder do Kremlin também sublinhou que a Rússia manterá o controlo sobre quaisquer armas nucleares enviadas para a Bielorrússia, tal como os Estados Unidos controlam as suas armas nucleares táticas estacionadas no território dos seus aliados da NATO.

O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, sugeriu que algumas das armas nucleares estratégicas da Rússia poderão também ser posicionadas na Bielorrússia, juntamente com parte do arsenal nuclear tático de Moscovo.