“A posição da Santa Sé é procurar a paz e a compreensão” entre os lados, disse Francisco numa entrevista ao jornal dos Jesuítas Americanos, acrescentando que a diplomacia do Vaticano “está a avançar nesse sentido e, obviamente, está sempre disposta a mediar”.
Francisco afirmou também ter tomado uma decisão sobre uma viagem aos centros do conflito: “se viajar, irei a Moscovo e a Kiev, a ambos, não só a um lugar”, afirmou.
O Papa confirmou ainda que está a tentar intermediar as trocas de prisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia.
“Estou a trabalhar em geral com a receção de listas de prisioneiros, tanto civis como militares, e tenho-os definidos junto do governo russo”, disse na entrevista.
Moscovo, assegurou, tem sido “muito positivo” na sua resposta às listas que apresentou de civis e soldados ucranianos que poderiam ser libertados.
“Por que não nomeio Putin? Porque não é necessário”, afirmou ainda o Papa Francisco, referindo-se ao Presidente russo, Vladimir Putin.
A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia a 24 de fevereiro, que ainda perdura, e que foi condenada pela comunidade internacional que respondeu, com destaque para a UE e Estados Unidos, com ajuda militar, humanitária e económica a Kiev e a imposição de sanções económicos e políticas sem precedentes a Moscovo.
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