Se as eleições legislativas acontecessem hoje o Partido Socialista alcançaria 43% dos votos. Do lado oposto, o PSD chegaria aos 30%. Já o Bloco de Esquerda e a CDU, partidos que suportam a atual solução governativa, teriam 8% e 6% dos votos, respetivamente. O CDS, agora sob a liderança de Assunção Cristas, somaria 6%.
É um cenário de queda geral, excepto para o partido do Governo. O Bloco, mesmo mantendo-se como terceira maior força política, cai 3 pontos percentuais, comparado com o resultado de igual estudo no final do ano passado. O PCP cai 1% em relação há um ano. Ou seja, a chamada “Geringonça” somaria 57% das intenções de voto.
A direita portuguesa, que há pouco mais de um ano concorria coligada às eleições legislativas, sofre uma queda grande. PSD e CDS, juntos, somariam, hoje, 36% dos votos dos portugueses, menos 5% do que no estudo realizado em dezembro do ano passado. Números mais baixos só recuando aos tempos de Manuel Ferreira Leite, 29,11%, e Santana Lopes, 28,77%.
A sondagem da Católica para a Antena 1, Jornal de Notícias e Diário de Notícias apresenta um PS mais popular do que há um ano atrás, período em que o partido liderado por António Costa somava apenas 34% das intenções de voto. Hoje chega a um valor próximo da maioria absoluta.
O PAN aparece nesta sondagem com 2% das intenções de voto. Os indecisos totalizam 21%.
Marcelo Rebelo de Sousa, o mais popular de todos. De longe.
É um recorde que contrasta com o cenário de queda da direita. Marcelo Rebelo de Sousa recolhe 97% de avaliações positivas, nesta sondagem. O Presidente da República é o político mais popular, sendo avaliado com uma nota de 16,3, numa escala de 0 a 20, pelos inquiridos. Ao JN, João António, do centro de sondagens da Universidade Católica, confessa que esta é a avaliação mais alta desde que a criação do barómetro, em novembro de 2014.
Olhando para o Parlamento, António costa é o líder partidário mais popular - nota de 12,3 e 81% de avaliações positivas. Segue-se de Catarina Martins - 11,6 e 77% de avaliações positivas -, Jerónimo de Sousa - 10,5 e 69% de avaliações positivas - e Assunção Cristas - 10,1 e 70% de avaliações positivas.
André Silva - 9,7, com 64% de avaliações positivas - está em terreno negativo de popularidade. Mas não tanto como Pedro Passos Coelho, o líder partidário menos popular, a quem os inquiridos atribuem uma nota de 8,9 e dão apenas 55% de avaliações positivas.
A sondagem da Católica foi realizada entre os dias 19 e 22 de Novembro de 2016, tendo como universo os indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal continental. Foram obtidos 977 inquéritos válidos. A taxa de resposta foi de 80%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 977 inquiridos é de 3,1%, com um nível de confiança de 95%.
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