"Um estudante num dos prédios da universidade (…) abriu fogo contra as pessoas ao redor. Como resultado, de acordo com dados atualizados, seis pessoas morreram", disse o Comité, revendo o número anterior de oito mortos.
Segundo a agência de notícias AFP, citando o Comité, um estudante matou seis pessoas e deixou pelo menos 28 feridas na Universidade Estadual de Perm, uma cidade no centro da Rússia, antes de ser ferido por um polícia e detido.
O agressor entrou no campus por volta das 11:00, horário local (07:00 em Lisboa), informou a assessoria de imprensa da universidade.
O autor do homicídio, que "opôs resistência", também foi ferido durante a sua detenção, acrescentou o Comité, que até ao momento não deu qualquer informação sobre o motivo do seu ato, nem sobre a sua identidade.
Segundo o Comité, o atirador estava munido de uma "espingarda de caça de cano liso" que adquirira no passado mês de maio, ou seja, antes de um endurecimento da legislação sobre o porte de armas na sequência de um anterior tiroteio ocorrido numa escola.
Fugindo do tiroteio, alunos pularam das janelas do primeiro andar de um prédio da universidade, segundo vídeos publicados nas redes sociais.
Noutro vídeo, a circular pelas redes sociais mas cuja veracidade está por comprovar, é possível ver o alegado autor do ataque munido de uma espingarda a deslocar-se em direção da universidade.
Ainda não se sabem quais as motivações do estudante, que foi ferido durante a detenção pela polícia, segundo a Tass, sendo que as autoridades estão à procura de cúmplices deste ataque.
O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, informou que Vladimir Putin, atualmente em quarentena devido a um foco de covid-19 no Kremlin, está a par do ocorrido. "O presidente expressa profundas condolências aos que perderam parentes e amigos no incidente", disse.
Incidentes armados desse tipo aumentaram na Rússia nos últimos anos, levando a leis mais rígidas sobre o porte de armas. O presidente Vladimir Putin denunciou este aumento como um fenómeno importado dos Estados Unidos e um efeito perverso da globalização.
O incidente anterior do tipo aconteceu em 11 de maio deste ano, quando um jovem de 19 anos abriu fogo contra uma escola de Kazan (sudoeste) e matou nove pessoas.
No mesmo dia, Putin ordenou uma revisão das normas sobre o porte de armas, pois o autor do ataque tinha permissão para o uso de uma arma semiautomática.
Em outubro de 2018, um estudante matou 19 pessoas antes de cometer suicídio em um instituto de Kerch, uma cidade da península ucraniana da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.
As autoridades afirmam que desmantelaram nos últimos anos dezenas de planos de ataques contra centros de ensino, normalmente por parte de adolescentes.
Em fevereiro de 2020, as forças de segurança prenderam dois jovens, nascidos em 2005 e de nacionalidade russa, que eram muito ativos em fóruns virtuais com a apologia do assassinato e do suicídio.
[Notícia atualizada às 14:21]
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