“Nesta operação, foram retirados até ao momento cerca de 75 mil metros cúbicos, num total que prevemos de 90 mil metros cúbicos. Portanto, algures durante a próxima semana, princípio da seguinte, daremos esta operação por concluída. Retiramos todas as lamas do fundo do rio Tejo, ficando o rio limpo”, explicou à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração da EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, José Manuel Sardinha.
Este responsável falava durante uma visita ao local promovida pelo município de Vila Velha de Ródão e que reuniu os membros da Assembleia Municipal.
A operação “Tejo Limpo”, cujo valor se estima em 1,7 milhões de euros, iniciou-se em 18 de junho.
“As lamas estão a ser colocadas dentro dos ‘geotube’, com uma qualidade de água devolvida ao rio de excelente qualidade. Eu diria que é uma operação inovadora no país e marcante a nível mundial”, afirmou.
O responsável da EPAL sublinhou que se prepararam para tudo e, caso houvesse necessidade, poderiam ser colocados mais ‘geotube’ no terreno para armazenar e secar as lamas retiradas do Tejo.
“Preparamo-nos para tudo, basicamente. Temos ainda área disponível para, no caso de se encontrar mais lama, se recorrer a esses espaços. Não foi esse o caso. Preparamo-nos para todas as eventualidades. Reunimos um conjunto significativo de técnicos de elevado nível e de empresas portuguesas, e esta é uma operação de sucesso”, frisou.
José Manuel Sardinha adiantou que tudo aquilo que foi feito em Vila velha de Ródão vai ser apresentado em outubro, no Japão, no Congresso Mundial da Água, evento que reúne mais de cinco mil técnicos do setor da água de todo o mundo.
Já o presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, explicou que a operação está na sua reta final e que as melhores expectativas foram superadas.
“Ficou provado que não só se justificava fazer esta operação, como foi bem planeada e executada e acho que hoje temos todos os motivos para estarmos satisfeitos com o trabalho que aqui foi feito. E Vila Velha de Ródão deu um bom exemplo neste virar de página que estamos a fazer na relação com o Tejo”, sustentou.
O autarca disse ainda que sempre esteve preocupado em ser parte da solução.
“Sempre estivemos preocupados em ser parte da solução e em fazer o nosso trabalho. Houve aqui muito oportunismo, muitas pessoas que procuraram sempre dar contornos dramáticos ao problema. Nós mantivemos a serenidade que devíamos manter e a preocupação em resolver o problema para que se encontrassem as boas soluções. Foi essa a nossa preocupação”, concluiu.
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