"Este ano, o turismo está a bater recordes em termos de criação de riqueza, do número de turistas e está a bater recordes na criação de emprego. Pela primeira vez nos últimos seis anos, o turismo em vez de estar a perder empregos está a criar. Só de janeiro a setembro, temos 40 mil novos empregos criados", afirmou a secretária de Estado.
Ana Mendes Godinho, que falava em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, durante a 4.ª edição do Portugal Entre Gerações, disse que o interessante deste indicador é que o movimento de criação de emprego começou em março e manteve-se até setembro e não na tradicional época alta.
"Se compararmos setembro deste ano com setembro do ano passado, temos mais 30 mil pessoas a trabalhar em turismo. Estamos a conseguir de facto que se transforme numa atividade que acontece durante todo o ano e que gera emprego qualificado", sustentou.
Sublinhou ainda que, em 2015, o turismo, que representa 15,3% das exportações do país, gerou 11,4 mil milhões de receita em Portugal e adiantou que 8,2% da população portuguesa trabalha neste setor.
"O turismo, de facto, hoje em dia, é uma atividade de grande peso, porque é uma grande atividade exportadora e porque gera muito emprego", disse.
A governante realçou o "fortíssimo investimento" que foi feito no setor ao longo da última década, quer no setor público, quer no privado: "Portugal mudou nos últimos anos em termos do que era o mapa turístico. Há 10 anos, o mapa estava concentrado em três regiões e hoje começamos a alastrar".
Apesar dos indicadores favoráveis, a secretária de Estado disse que "nem tudo são rosas" e adiantou que há ainda muitos desafios pela frente.
"Nos últimos cinco anos, 12% da população empregada no turismo perdeu-se. Houve uma grande perda no emprego do turismo. Neste momento, existe uma grande carência de pessoas qualificadas no setor", alertou.
A governante disse também que continuam a verificar-se acentuadas assimetrias regionais no setor, com 73% das dormidas a concentrarem-se nas regiões de Lisboa, Algarve e Madeira e 90,3% das dormidas no país a corresponderem às regiões do litoral.
"O país está muito inclinado para o litoral, o que quer dizer que há imenso para fazer", concluiu.
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