“Não há plano alternativo, o nosso plano continua a ser o de fazer aprovar um plano de apoio bipartidário para a Ucrânia, para lhe dar as ferramentas e capacidades de que precisa para continuar a defender-se com eficácia e recuperar território que a Rússia ocupou”, disse Jake Sullivan, em conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, no quartel-general da organização, em Bruxelas.

O Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente dos EUA, Joe Biden, disse que não ia "entrar em detalhes", mas reconheceu que “nas últimas 24 horas vários [congressistas] republicanos disseram publicamente que, independentemente do que aconteça [nas eleições de novembro], é preciso avançar com um pacote de apoio à Ucrânia”.

“Não há alternativa, os Estados Unidos têm de corresponder [às expectativas], com os recursos que possibilitem à Ucrânia a artilharia, os sistemas de defesa antiaérea de que precisa e o tempo é fulcral nisto”, completou.

“Acreditamos nisso e vamos consegui-lo”, completou o democrata Jake Sullivan. O apoio de Washington à Ucrânia - de longe o apoiante de maior peso dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) -, está estagnado, com o Congresso dos Estados Unidos incapaz de aprovar novo pacote económico-financeiro e militar, apesar de apoio bipartidário, contrariado por apoiantes do ex-Presidente Donald Trump, favorito atual à nomeação republicana para as presidenciais deste ano.

Com um conflito a eclodir no Médio Oriente e no qual os EUA já intervieram – com os bombardeamentos de posições de milícias iemenitas que tinham atacado cargueiros no mar Vermelho – há receio por parte dos restantes países da NATO e da própria Ucrânia que o apoio norte-americano desapareça.

As eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro, também estão a desviar as atenções daquele que foi até recentemente o principal tópico da agenda política e mediática norte-americana.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.