Na sua página Facebook, o ministro do Interior Arsen Avakov anunciou que a polícia destacada junto às representações diplomáticas russas “em Kiev, Kharkiv, Odessa e Lviv não permitirá que os eleitores russos acedam a esses edifícios para votar”.
A decisão foi tomada numa reação à “realização ilegal” da eleição presidencial russa na Crimeia, onde vão funcionar assembleias de voto designadamente em Sebastopol e Simferopol, a capital da península.
“Considerando a guerra híbrida e agressiva da Rússia contra a Ucrânia (…) o ministério ucraniano dos Assuntos internos considera impossível a realização das eleições que violam as leis da Ucrânia em território ucraniano”, declarou Avakov.
Em paralelo, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) advertiu hoje que os seus cidadãos poderão ser acusados por via judicial caso colaborem nas presidenciais russas no território da península da Crimeia.
“O SBU adverte os cidadãos ucranianos sobre a sua responsabilidade penal caso participem na promoção e organização das eleições presidenciais [russas] ilegais no território anexado da República Autónoma da Crimeia”, assinala um comunicado dos serviços de informações.
O SBU considera que estas ações constituem um delito, por significarem um “apoio consciente” à Federação da Rússia na realização de “atividades subversivas” contra a Ucrânia, destinadas a sabotar a soberania estatal e a integridade territorial deste país.
Nesse sentido, informou que está a investigar a atividade “ilegítima” da Comissão eleitoral central russa na Crimeia, um território que Kiev continua a reivindicar quatro anos após o referendo de março de 2014 que determinou a sua anexação pela Rússia.
O Presidente russo Vladimir Putin deverá garantir no domingo um quatro mandato que o manterá no poder até 2024, após um terceiro mandato assinalado pela crise ucraniana, onde o desempenho de Moscovo implicou sanções europeias e norte-americanas, incluindo pela anexação da Crimeia.
Moscovo é igualmente acusado por Kiev e pelos ocidentais de apoio militar à rebelião separatista no leste da Ucrânia, e que o Kremlin tem desmentido
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