"Estas medidas atingirão diretamente os oligarcas russos e irão até ao coração da máquina de guerra de Putin", disse, citado num comunicado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que durante três dias vai encontrar-se com os líderes das grandes potências industrializadas na Alemanha.
"Putin está a desperdiçar os seus escassos recursos nesta guerra inútil e bárbara. Está a alimentar o seu ego à custa dos povos ucraniano e russo", acrescentou, sublinhando a necessidade de “secar o financiamento do regime de Putin”.
A Rússia é um importante país produtor de ouro, com exportações no valor de quase 15.000 milhões de euros em 2021, de acordo com Downing Street.
Banir o ouro dos mercados londrinos, um importante centro financeiro para o comércio de mercadorias, terá, portanto, "um enorme impacto na capacidade de Putin de angariar dinheiro", insistiu o Governo britânico.
A medida afetará particularmente as elites russas que possam ter comprado ouro "numa tentativa de contornar as sanções ocidentais", acrescentou.
Contudo, a proibição só se aplica ao ouro recentemente extraído na Rússia e não ao ouro adquirido antes de o embargo ter sido posto em prática.
O Reino Unido impôs algumas das sanções mais duras entre os países ocidentais contra a Rússia desde que a invasão da Ucrânia começou, há quatro meses, visando o setor financeiro, o mercado do petróleo e dezenas de oligarcas, o que abrange um total de mais de 100 entidades e 1.000 pessoas.
Os líderes do G7 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) estão reunidos no sul da Alemanha a partir de hoje para uma cimeira de três dias, à qual se seguirá uma reunião dos países da NATO (Organização do Tratado Atlântico Norte) em Madrid.
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