“Os russos insistem na neutralidade e, para nós, o mais importante é a libertação do Donbass e de todos os territórios temporariamente ocupados, bem como da península da Crimeia, que também está ocupada”, referiu Zelensky, em entrevista ao canal de televisão saudita Al Arabiya.

Volodymyr Zelensky acusou novamente Moscovo, que exige que a Ucrânia se comprometa a não aderir à NATO e a permanecer neutra, de tentar dividir o seu país através de um referendo nos territórios ocupados, tal como ocorreu na Crimeia, em 2014, quando esta península foi anexada pelos russos.

Também hoje, o diplomata norte-americano Michael Carpenter referiu que os EUA possuem informações “muito credíveis” de que a Rússia pretende organizar “falsos referendos” em “meados de maio” para para tentar anexar as autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, e outras regiões ocupadas desde o início da invasão russa.

Além da libertação de toda a Ucrânia, o chefe de Estado ucraniano insistiu que, para aceitar a neutralidade exigida por Moscovo, Kiev pretende ter “garantias de segurança para não sejam objeto de ataques semelhantes no futuro, e outras armas, no caso de enfrentar uma guerra como a atual”.

De qualquer forma, Zelensky frisou que qualquer decisão a este respeito será submetida a “um referendo onde participará todo o povo”.

Sobre as negociações com Moscovo, o Presidente ucraniano referiu que “os negociadores russos não têm capacidade para tomarem decisões” e que “a última palavra será sempre do (Presidente russo, Vladimir) Putin”, voltando a insistir na necessidade de um diálogo entre os dois presidentes.

Volodymyr Zelensky abordou ainda a suspensão das exportações da Ucrânia, tema que preocupa vários países árabes, em grande parte dependentes de bens de primeira necessidade deste país europeu, como o trigo.

“O cerco imposto pelos navios de guerra russos aos portos ucranianos pode causar uma crise alimentar global” este ano, alertou.

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