“As coisas demoram mais tempo do que seria desejável, por outro lado, nós temos agora um processo de aceleração do trabalho feito no âmbito europeu, portanto, a nossa expectativa é de que, durante os próximos meses e entrando já em 2024, haver esse aumento”, sustentou João Gomes Cravinho no final de uma reunião do Conselho NATO-Ucrânia, no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas.

A União Europeia (UE) comprometeu-se no início do ano com a aquisição de um milhão de munições de grande calibre para a Ucrânia, com um prazo autoimposto de entregar os projéteis até março de 2024.

Contudo, as aspirações europeias esbarraram com a realidade e até novembro pouco mais de 30% do total previsto, cerca de 300.000 munições, tinham sido adquiridas.

“Estamos aqui perante um trabalho que é feito coletivamente e individualmente no âmbito da UE. Individualmente, foram muitos os países que fizeram referência [durante a reunião de hoje] sobre o que está a ser feito nas suas indústrias de defesa para corresponder a esse objetivo”, prosseguiu o ministro, sem responder se foi possível dar garantias a Kiev de que o objetivo vai ser alcançado no prazo estabelecido.

Em simultâneo, os Estados-membros da União Europeia também querem fazer a reposição dos seus stocks de munições de artilharia, depauperados desde 24 de fevereiro do ano passado por causa do apoio militar que tem vindo a ser dado a Kiev para repelir a invasão russa.