Chamado 2001 FO32 e medindo menos de um quilómetro de diâmetro, percorre o espaço a 124.000 km/h, "mais rápido que a maioria dos asteroides" a passar perto da Terra, de acordo com a NASA.
O corpo rochoso, que não está sequer a fazer a sua primeira visita pela Terra, deve passar pelo ponto mais próximo do nosso planeta neste domingo às 16:02 GMT (mesma hora em Lisboa). Estará então a 2.016.158 km da Terra, ou cerca de cinco vezes a distância Terra-Lua.
"Não há risco de colisão com o nosso planeta", assegura a agência espacial norte-americana. A sua trajetória é, de facto, "suficientemente conhecida e regular" para descartar qualquer perigo, garantem os especialistas do Observatório Paris-PSL.
O grande corpo rochoso é, no entanto, classificado como "potencialmente perigoso", como todos os asteroides cuja órbita é inferior a 19,5 vezes a distância Terra-Lua e cujo diâmetro é superior a 140 metros.
Esta categoria é "incansavelmente perseguida por astrónomos de todo o mundo para fazer o inventário mais exaustivo possível", ressalta o Observatório, recordando que o primeiro - e maior - asteroide, Ceres, foi descoberto em 1801.
O asteroide "2001 FO32" foi observado pela primeira vez em 2001 e tem sido objeto de estreita vigilância desde então. Este corpo celeste pertence à família "Apollo" de asteroides próximos da Terra, que circundam o Sol em pelo menos um ano e podem cruzar a órbita terrestre.
"Atualmente, pouco se sabe sobre este objeto, pelo que esta passagem próxima dá-nos uma oportunidade incrível de aprender muito", disse Lance Benner, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, do qual depende o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS).
De acordo com o CNEOS, "astrónomos amadores no hemisfério sul e em baixas latitudes no norte deverão ser capazes de vê-lo".
"Teremos de esperar até escurecer e armarmo-nos com um bom telescópio de, pelo menos, 20 centímetros de diâmetro", precisou à AFP Florent Delefie, do Observatório de Paris. "Devemos ver um ponto branco a mover-se como um satélite", acrescentou o astrónomo.
A trajetória nada tem a ver com a das estrelas cadentes, que são asteroides pequenos que formam uma linha luminosa que divide o céu em uma fração de segundo. Nenhum dos grandes asteroides listados tem chance de colidir com a Terra no próximo século.
Comentários