“Há um certo número de mesas de voto que foram abertas a leste, e em outras regiões, que tiveram de ser fechadas devido a ameaças”, disse Newton Ahmed Barry.
Alguns “indivíduos proibiram as populações de fazer parte da votação”, acrescentou num relatório feito ao final da manhã, estimando, no entanto, que “no geral (…) tudo está a ir bem”.
Um dos países mais pobres do mundo, o Burkina Faso elege hoje o seu Presidente, num escrutínio sob apertada vigilância, em que o atual Presidente, Roch Kaboré, é o favorito.
Os 6,5 milhões de eleitores inscritos podem escolher entre Roch Marc Christian Kaboré, que se bate pela vitória numa só volta, como em 2015, e 12 outros candidatos da oposição, que não conseguiu reunir-se em torno de apenas um concorrente.
Dois candidatos da oposição assumem destaque: Zéphirin Diabré, líder histórico da oposição, e Eddie Komboïgo, candidato do partido do ex-presidente Blaise Compaoré.
“A segurança é o tema principal nestas eleições”, considerou em declarações à agência France Presse Mahamoudou Savadogo, investigador na Universidade Gaston Berger, em Ouagadougou.
Enormes extensões do país estão fora do controlo do Estado e os ataques ‘jihadistas’ são quase diários. Em dois anos, o número de pessoas deslocadas pelas ações de grupos afiliados da Al Qaeda ou do Estado Islâmico (EI) aumentou exponencialmente até atingir um milhão de pessoas, 5% da população. Pelo menos 1.200 pessoas foram mortas desde 2015.
Com uma população de 20,3 milhões de habitantes (dados do Banco Mundial, 2019), a antiga colónia francesa do Alto Volta alberga seis dezenas de grupos étnicos, na sua maioria muçulmanos. Cerca de 60% da população é muçulmana e quase um quarto cristã.
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