“A China está disposta a manter com a Rússia o apoio mútuo em questões de soberania, segurança, bem como noutras questões de interesse fundamental e grandes preocupações”, afirmou Xi, de acordo com uma declaração citada pela Agência de Notícias da China, após uma conversa telefónica entre os dois líderes.

O registo da conversa telefónica não deixou claro porém quaisquer observações relativamente ao exercício dessa soberania em exemplos específicos, tais como a Ucrânia ou Taiwan.

A última chamada entre Xi Jinping e o presidente russo foi no final de fevereiro, no dia seguinte ao início da invasão da Ucrânia pelas forças russas.

Três semanas antes do início da guerra, o presidente chinês também recebeu Vladimir Putin em Pequim, na altura da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022.

O governo chinês não condenou a ofensiva militar russa na Ucrânia, recusando utilizar a palavra “invasão” para descrever auto-designada “operação militar” lançada por Moscovo e atribuindo a culpa do conflito aos Estados Unidos e à NATO.

Os dois países proclamaram ainda a sua “amizade ilimitada” e assinaram uma multiplicidade de acordos, nomeadamente no domínio do gás.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas — mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou que 4.452 civis morreram e 5.531 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 112.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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