Numa edição que assinala os 30 anos da competição e o arranque da ‘Super Halfs – Half Marathon Series’ – um novo circuito internacional de corridas hoje anunciado em Praga -, o responsável pela maior prova de atletismo em Portugal assume, porém, que o desígnio de reconquistar a marca - agora detida por Valência, através do queniano Abraham Kiptum (58.18 minutos) - “depende de vários fatores” e que “na sua maioria” não dependem da organização.

“Recuperar o recorde do mundo é um dos objetivos que temos. Sabemos que é um desafio muito exigente, mas acreditamos sempre que poderemos recuperá-lo e, porque não, obter o recorde feminino pela primeira vez? As medidas que tomamos para incentivar os maiores atletas são as mesmas que usamos todos os anos: um prémio atrativo, um grupo com grande potencial e a manutenção da certificação ‘Gold Label’”, explica.

Em entrevista à agência Lusa, Carlos Móia não deixa de fazer uma avaliação positiva destas três décadas de corrida na capital portuguesa, lembrando que se evoluiu de 3.500 participantes no início para cerca de 35.000 (total das diferentes provas do evento) na edição deste ano, ajudando ainda a aumentar significativamente o número de provas na cidade.

“Contribuímos para pôr Portugal a correr. Quando começámos, em 1991, havia menos de 10 provas de estrada em Lisboa e, atualmente, são mais de 70. O número de corredores ativos cresceu exponencialmente e, consequentemente, a participação em provas de atletismo”, refere, acrescentando: “Ter ajudado na promoção de um estilo de vida saudável e ativo é, sem dúvida, uma razão maior para considerarmos o balanço muito positivo.”

Sobre a adesão de Lisboa à ‘Super Halfs – Half Marathon Series’, o dirigente define o projeto como “uma resposta” à crescente tendência de corredores a viajarem para participar em meias maratonas fora do seu país de origem, além de acentuar o prestígio da prova lisboeta face a outras ‘rivais’ estrangeiras.

“Ser fundadora da ‘SuperHalfs – Half Marathon Series’ é um reconhecimento da prova, da cidade de Lisboa e de Portugal. É fácil lembrarmo-nos de outras grandes meias maratonas nacionais e internacionais que não fazem parte deste circuito. É também importante porque permite-nos trabalhar e aprender com outras provas de grande valor. Acreditamos que teremos sinergias e oportunidades conjuntas que isoladamente não seriam possíveis”, vincou.

Carlos Móia assegura ainda que esta parceria “não implica alterações significativas” na organização. Todavia, o líder do Maratona Clube de Portugal não deixa de destacar a substituição da mini-maratona pela prova cronometrada de 10 quilómetros, em linha com “as tendências mundiais”, e o reforço das preocupações de sustentabilidade ambiental, já patentes nos últimos anos na redução de desperdícios da prova e na reciclagem de materiais.

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