No mítico Maracanã, onde em 2014 perderam para a Alemanha a final do Mundial, os argentinos nem precisaram de um Lionel Messi muito inspirado para seguirem em frente, com tentos de Lautaro Martínez, aos 10 minutos, e do suplente Giovani Lo Celso, aos 74.
Em vez de um futebol demasiado ofensivo que, invariavelmente, deixava a defesa exposta e a equipa vulnerável, o ‘onze’ de Lionel Scaloni foi uma equipa bem mais pragmática, o que fez com que raramente os venezuelanos conseguissem criar perigo.
A Argentina, que pela primeira vez contou de início com o ‘leão’ Acuña (substituído aos 68 minutos), venceu e, desta vez, convenceu, pela forma como soube ‘mandar’ no jogo, enviando um ‘recado’ aos brasileiros para o jogo de terça-feira.
Vencedora da prova em 14 ocasiões – a última em 1993 -, a Argentina, que perdeu quatro das últimas cinco finais, está pela 35.ª vez no ‘top 4’, enquanto a Venezuela, com Jhon Murillo (Tondela) em campo a tempo inteiro, ficou impossibilitada de repetir o quarto lugar de 2011.
A formação argentina entrou muito forte e, depois de ameaças de Agüero, aos três minutos, e Pezzella, aos sete, adiantou-se no marcador aos 10: após canto de Messi, na esquerda, Agüero rematou e, com classe, Lautaro Martínez desviou de calcanhar.
Tão cedo em vantagem, a formação de Lionel Scaloni tranquilizou-se e passou a jogar sempre de forma calculista, para não passar por apuros defensivos, o que conseguiu até ao intervalo, sendo exceção um cabeceamento de Chancellor, após um canto.
Por seu lado, a Argentina poderia ter aumentado a vantagem aos 37 minutos, num cabeceamento de Pezzella, após livre de Messi, e já nos descontos, aos 45+1, com Rosales a salvar, depois de jogada na esquerda entre Acuña e o capitão.
A formação ‘albi-celeste’ acabou bem a primeira parte e começou ao mesmo nível a segunda, quase chegando ao segundo golo logo aos 48 minutos, de novo por intermédio de Lautaro Martínez, que atirou ao poste esquerdo, isolado por Paredes.
Com o passar dos minutos, a Argentina optou por ceder, em definitivo, a iniciativa de jogo ao adversário e apostar no contra-ataque, sobretudo depois de Di María substituir Lautaro Martínez, aos 64 minutos.
Aos 71 minutos, a Venezuela teve a sua melhor ocasião em todo o encontro, quando um passe espetacular de Rincón, para as costas da defesa argentina, isolou Hernández, que, sobre a direita, viu o seu remate ser defendido superiormente por Armani.
O conjunto ‘vinho tinto’ falhou e, na resposta, aos 74 minutos, a Argentina ‘acabou’ com o encontro, com um golo da segunda aposta de Scaloni, o médio Lo Celso, que atirou para a baliza vazia uma bola que o guarda-redes Fariñez, num erro raro, não segurou, após remate relativamente fraco de Agüero.
Até ao final, a Venezuela ainda tentou reentrar na luta pela discussão do resultado, mas a Argentina continuou a defender-se bem e, em contra-ataque, ainda esteve perto de um terceiro golo, nomeadamente por Di María, aos 88 minutos.
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