Damien Gaudin foi o primeiro corredor a envergar a camisola amarela da 79ª Volta a Portugal Santander Totta depois do contrarrelógio individual de cinco quilómetros e meio com partida e chegada à Praça do Império, em Lisboa, percurso onde decorreu o Prólogo.

Com a “Cidade do Ciclismo” montada na zona nobre e ribeirinha da capital, o francês Kevin Lebreton (Armée de Terre) a equipa do exército francês, conforme foi apresentada pelo speaker de serviço, foi o primeiro ciclista a partir, quando o relógio apontava seis minutos depois das 15 horas. O vencedor da Volta do ano passado, Rui Vinhas (W52-FC Porto), foi o último a entrar em competição às 17h25.

Os números da Volta

Depois da etapa de Lisboa, a caravana segue para Vila Franca de Xira, palco da 1ª etapa e rolará até Setúbal, totalizando 203 quilómetros. No dia seguinte, o pelotão parte de Reguengos de Monsaraz, Alentejo, para Castelo Branco, uma etapa que decorre ao longo de 214,7 quilómetros, sendo a mais longa das 10 etapas da prova.

Para além de Viseu, 10ª e última etapa (20 km), contrarrelógio individual, a etapa mais curta será a 4ª, entre Macedo de Cavaleiros-Mondim de Bastos, a tal da mítica subida à Nossa Senhora da Graça. O descanso surge no dia 11 de agosto, depois dos corredores andarem seis dias na estrada.

Entre o prólogo, em Lisboa, e o pódio de consagração, em Viseu, em plena Feira de São Mateus, pedalam-se 1626,7 quilómetros numa edição com 30 prémios de montanha e 27 metas volantes. Em prémios financeiros diretos para os ciclistas, a Podium Events, empresa que organiza a competição, a distribuir 126.454,50€.

Na prova que faz 90 anos, 140 homens integram o pelotão da 79ª Volta a Portugal. Pelas estradas portuguesas rolam 24 nacionalidades com os cinco continentes representados e com a presença dos países latinos em destaque. Entre as 18 equipas participantes há 33 portugueses, 22 espanhóis e 13 italianos.

No multiculturalismo destaque para a Israel Cycling Team e Kuwait – Cartucho.es. Os israelitas trazem a Portugal dois corredores nacionais, incluindo elementos de Espanha, Austrália, Letónia, Canadá e Nova Zelândia. A formação do Kuwait não tem nenhum cidadão nascido naquele país árabe, sendo que os corredores têm origem em Itália, Espanha, Alemanha, Eritreia e Marrocos.

De acordo com a organização, estavam credenciados a 31 de julho 109 profissionais da comunicação social, entre jornalistas, fotógrafos, operadores de imagem, um número a que devem acrescer os 99 profissionais destacados pelo grupo RTP, a estação oficial da Volta a Portugal.

Ao longo de duas semanas cerca de 60 mil pessoas, diretamente, vão seguir a maior prova nacional nas redes sociais.

A SIBS, empresa de produção e personalização de cartões bancários e comerciais, que é “Fornecedora Oficial” da 79ª Volta a Portugal, “produziu cerca de 3 mil credenciais e 19 mil pulseiras de identificação para a edição deste ano da Volta a Portugal”, anunciou em comunicado. Ainda de acordo com a empresa a “Portuguesa”, como é conhecido a prova que arrancou pela primeira vez em 1927, “envolve anualmente cerca de um milhão e meio de pessoas, entre as que assistem a partidas e chegadas, acompanham a prova fisicamente ao longo do percurso e frequentam as feiras de animação que são montadas em cada etapa”.

Impacto financeiro mediático: 84,5 milhões de euros

A história repete-se ano após ano. Tempo de verão em Portugal, é altura de ter público na estrada a aplaudir os heróis das duas rodas, a acompanhar as peripécias em cada localidade por onde a caravana passa, ou pelos jornais, televisões, rádios e media online.

A Cision, empresas de análise e avaliação de dados na comunicação social, avalia o impacto financeiro mediático da Volta Portugal em “84,5 milhões de euros”, informação que se baseia nos dados alcançados na “edição de 2016 e na presença do evento nos diferentes órgãos de informação”, lê-se num comunicado divulgado. O estudo revela ainda que houve “um aumento de 25% face a 2015”.

Com investimento efetivo de apenas 4,3 milhões de euros em publicidade, a Cision adianta que “em média 76% da população portuguesa vai estar exposta, nos próximos dias”, à Volta em Portugal. Uma vez mais baseia a análise nos números da edição anterior “que se traduzem em 87,1 milhões de contactos com o evento”.

A camisola amarela e os outros tons da Volta

Em Portugal, o amarelo é símbolo de liderança na geral individual na Volta a Portugal em Bicicleta. A Camisola Amarela Santander Totta é, nesse sentido a mais desejada, dia após dia, e no final das 10 etapas.

Mas há mais tonalidades de cores para além das que caracterizam as 18 equipas em prova e que dão um colorido às estradas portuguesas.

Nesse sentido, a regularidade em prova e a respetiva liderança da classificação por pontos traduz-se na Camisola Verde RUBiS GÁS. O rei dos trepadores terá direito a envergar Camisola Azul Liberty Seguros que simboliza o primeiro na classificação dos 30 Prémios de Montanha.

Finalmente, a camisola Branca RTP premeia o melhor jovem em prova mediante o conjunto de tempos de todas as etapas

Foto: Twitter/Volta a Portugal

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