"No caso do Rafael Leão, a FIFA declara que o pedido da Sporting CP, SAD é inadmissível, mas não aprecia o mérito", lê-se num comunicado publicado no sítio oficial do Sporting.

Já no caso de Rúben Ribeiro, a FIFA "aceita apreciar o mérito e considera que o jogador teve justa causa para resolver o contrato, mas não atribui a nenhuma das partes o direito a receber qualquer compensação", acrescentou o clube 'leonino', destacando que "não são ainda conhecidos os fundamentos das decisões".

A Sporting SAD informou ainda que "já solicitou os fundamentos de cada uma das decisões para os analisar aprofundadamente e preparar os competentes recursos para o CAS", isto é, para o Tribunal Arbitral do Desporto, com sede em Lausana, Suíça.

Rafael Leão, formado nos ‘leões’, foi um dos nove futebolistas que rescindiram unilateralmente com o Sporting, após o ataque de adeptos à academia de Alcochete, em maio de 2018, no final de um campeonato em que a equipa terminou em terceiro. O Sporting reclama uma indemnização de cerca de 45 milhões de euros ao seu antigo jogador, que se transferiu no verão de há dois anos para os franceses do Lille e mudou-se um ano depois para os italianos do AC Milan, onde joga atualmente.

Quanto a Rúben Ribeiro, que saiu para Al Ain (Emirados Árabes Unidos) e assinou neste mercado de ‘inverno’ com o Gil Vicente, o Sporting pede uma compensação na ordem dos 60 milhões de euros.

Além de Leão e de Ribeiro, os outros sete jogadores que rescindiram unilateralmente com o Sporting foram Rui Patrício, Daniel Podence, William Carvalho e Gelson Martins, que rumaram, respetivamente, a Wolverhampton, Olympiacos, Bétis e Atlético de Madrid. E Bruno Fernandes, Bas Dost e Battaglia, que chegaram a acordo para o regresso ao Sporting.

Ao contrário do que acontece nos casos de Rafael Leão e Rúben Ribeiro, o Sporting chegou a acordo e foi compensado financeiramente pelos outros quatro jogadores que saíram do clube, Rui Patrício (18 milhões de euros), Podence (7 milhões de euros), William Carvalho (16 milhões de euros, que podem chegar a 20 milhões de euros), e Gelson Martins (22,5 milhões de euros, numa operação que envolveu a compra de Luciano Vietto por 7,5 milhões de euros).