“Estamos analisar eventuais medidas que venham a ser tomadas precisamente para diminuir estes fenómenos da violência no desporto que criam sentimentos de insegurança”, disse à agência Lusa Isabel Oneto, após ter participado na sessão de abertura do V Congresso Internacional sobre Segurança e Democracia.
A secretária de Estado adiantou que o Ministério da Administração Interna (MAI) já reuniu com as forças de segurança, além de estar a acompanhar todos os fenómenos relacionados com a violência no futebol e em contacto com o Ministério da Educação, designadamente com o secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
“Vamos analisar várias medidas, estamos à espera de algumas propostas e vamos analisá-las em conjunto e ver quais são as mais adequadas para dar resposta a estes fenómenos”, afirmou, sem avançar com mais pormenores.
No entanto, sublinhou que se deve olhar “para as camadas mais novas, que devem estar educadas para o desporto, camaradagem e espírito de competição dentro das regras que devem marcar a prática desportiva”.
Sobre os jogos de futebol não profissional, onde também se têm registados atos de violência, a secretária de Estado explicou que há financiamento para o policiamento deste tipo de eventos desportivos, mas nem todos os clubes fazem o pedido.
Segundo a lei atual, a avaliação de risco do jogo é da responsabilidade dos clubes de futebol, sendo estes que também têm que requerer a presença das forças de segurança.
Com verbas oriundas da Santa Casa da Misericórdia, o MAI financia os jogos de futebol não profissionais de acordo com o escalão e faixa etária em 90, 80 e 50 por cento, ficando o restante da comparticipação às forças de segurança a cargo do clube, acrescentou Isabel Oneto.
A secretária de Estado disse ainda que foi “sempre efetuado policiamento” nos jogos de futebol em que foi solicitado.
O V Congresso Internacional sobre Segurança e Democracia, que se realiza ao longo do dia de hoje na Universidade Nova de Lisboa, vai debater, entre outros temas, a violência no desporto.
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