Quatro anos depois de ter tido duas formações nos ‘oitavos’ (Nigéria e Argélia), depois de apenas uma, consecutivamente, entre 1986 e 2010, o continente africano falhou na Rússia, com o Senegal a juntar-se hoje a Egito, Marrocos, Nigéria e Tunísia.

Nos ‘oitavos’, estarão 10 seleções da Europa, como de 1986 a 1998 e em 2006, quatro sul-americanas e apenas duas ‘outsiders’ – a exemplo de 1986, 1990 e 1998 -, o México, da América do Norte, Central e Caraíbas, e ainda o Japão, da Ásia.

Os ‘aztecas’ garantiram o pleno de presenças da CONCACAF nos ‘oitavos’, embora longe do recorde de três representantes de 2014, enquanto os nipónicos selaram a quarta presença da Ásia, que tinha tido uma seleção em 1994 e duas em 2002 e 2010.

A Europa, que só teve seis equipas nos ‘oitavos’ nas duas últimas edições, recuperou, em ‘casa’, a hegemonia, sendo que apenas falharam o apuramento a estreante Islândia, a Sérvia, a Polónia e, surpreendentemente, a campeã em título Alemanha.

De resto, seguiram em frente a anfitriã Rússia e ainda Espanha, Portugal, França, Dinamarca, Croácia, Suíça, Suécia, Inglaterra e Bélgica, sendo que, face aos ‘cruzamentos’ nos oitavos de final, poderá haver sete conjuntos do ‘velho continente’ nos ‘quartos’.

Quanto aos sul-americanos, fizeram, em termos percentuais, ainda melhor do que a Europa (10 em 14 – 71,4%), ao colocarem nos ‘oitavos’ quatro (Uruguai, Argentina, Brasil e Colômbia) das cinco que iniciaram a prova (80%).

O Peru, que teve de disputar um ‘play-off’ intercontinental para se qualificar e não estava presente num Mundial desde 1982, foi o único que falhou, ao ser terceiro do Grupo C, atrás das europeias França e Dinamarca.

Por seu lado, o México, apesar de ter fechado com um 0-3 com a Suécia, salvou a honra da CONCACAF, ao ser segundo num embate em que a Alemanha foi última, pois Costa Rica e Panamá foram logo afastados após duas jornadas.

No que respeita à Ásia, o Japão pode agradecer à disciplina a permanência na Rússia, pois foi esse o fator de desempate – ter menos cartões – que lhe deu vantagem sobre o Senegal, já que ambos acabaram com quatro pontos e 4-4 em golos. O confronto direto também nas as separou, pois empataram 2-2.

Ao contrário dos nipónicos, caíram Arábia Saudita, o Irão, de Carlos Queiroz, que acabou atrás de Espanha e Portugal, a Coreia do Sul e a Austrália, a representante da Oceânia, mas que pertence à confederação asiática.

Os oitavos de final do Mundial de futebol de 2018 jogam-se de sábado a segunda-feira.