“É com grande satisfação que hoje recebo a notícia da minha ilibação de um caso em que fui injustamente envolvido. Durante a minha carreira, o respeito e a integridade sempre foram princípios orientadores, pelo que me revoltou ver-me arrastado para este processo. Foram três anos muitos duros para mim e para a minha família, vendo o meu nome e a minha honra questionada em público”, afirmou o técnico, em comunicado envido à agência Lusa.
Sá Pinto, atualmente a treinar os turcos do Goztepe, orientou o Atromitos nas temporadas 2014/15 e 2016/17, tendo sido um dos 28 acusados de crimes relacionados com corrupção no futebol grego, alegadamente pela não utilização de alguns jogadores num encontro frente ao Olympiacos, disputado em 04 de fevereiro de 2015, que a equipa de Pireu venceu por 2-1, reforçando a liderança do campeonato.
“Enquanto jogador e treinador, trabalhei muito para permitir à minha família um nível de conforto, e sobretudo, garantir a minha independência. Hoje foi feita justiça. Uma suspeita e acusação injustas sobre o meu bom nome e a minha honra foram finalmente comprovadas como erradas e falsas”, rematou Sá Pinto.
Na altura, Sá Pinto já tinha afirmado à Lusa que era “completamente alheio” às suspeitas de manipulação de resultados naquele jogo.
Em 2014/15, o Olympiacos sagrou-se campeão, com 12 pontos de vantagem sobre o rival Panathinaikos.
Além do antigo internacional português, todos os outros 27 arguidos no processo, entre os quais o proprietário do Olympiacos, Vangelis Marinakis, foram hoje absolvidos por um tribunal de recurso grego.
Após vários meses de audiências, o tribunal constatou que não dispunha de provas suficientes contra os arguidos para as acusações que sobre eles pendiam, nomeadamente de participação em grupo criminoso e manipulação de resultados desportivos.
Esta decisão vai contra as pretensões do procurador, que propôs, em dezembro de 2020, a absolvição de 23 dos arguidos e a condenação de outros cinco.
Além Marinakis, também proprietário dos ingleses do Nottingham Forest, estavam entre os acusados o ex-presidente da Federação Helénica de Futebol (HFF), Giorgos Sarris, árbitros, jogadores e dirigentes de vários clubes da primeira divisão.
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