A final da 59ª edição da Taça dos Libertadores da América junta este ano Boca Juniores e River Plate, dois clubes argentinos. Boca e River, clássicos do futebol mundial e sul-americano, que somam mais de um século de rivalidade no futebol argentino, defrontam-se numa final inédita.
O jogo da primeira mão da final 2018 da CONMEBOL, principal competição de futebol entre equipas sul-americanas, é disputado hoje (esteve marcado para ontem mas foi adiado devido à chuva que se abateu em Buenos Aires, capital Argentina) no mítico La Bombonera, casa do Boca Juniores, na Rua Brandsen, no Bairro de La Boca, uma zona operária.
O segundo jogo da final está agendado para dia 24 no Estádio Monumental Nunez, palco dos jogos do River Plate (e da seleção argentina), na Av. Presidente Figueroa Alcorta, no bairro de Belgrano, a pouco mais de 15 quilómetros de distância do arqui-rival, num percurso feito com o Rio de Prata como vizinho.
Uma rivalidade entre dois emblemas, que nasceram por influência de emigrantes italianos de Génova, no mesmo bairro, La Boca, mas que uns anos depois obrigou o River a mudar-se para o “quarteirão” ao lado, para uma zona mais nobre da cidade. Esta rivalidade subirá a novos níveis, transbordando para uma final continental na última edição da Libertadores.
A partir da próxima edição, a finalíssima do torneio será disputada num só jogo.
Olhando para o peso da história e das estatísticas da Taça dos Libertadores, o Boca ("Xeneizes" como são conhecidos) treinado por Guillermo Barros Schelotto arrasta consigo seis Taças dos Libertadores (a última em 2007) contra três dos “Milionários” do River (a última em 2015) de Marcelo Gallardo.
Com a cidade de Buenos Aires e o país suspenso, Maurício Macri, presidente da Argentina que já foi líder do Boca durante 13 anos (entre 1995 e 2007), admitiu à rádio argentina FM La Meca, antes de se saber que seriam os clubes argentinos a disputar o inédito encontro, que preferia um clube brasileiro na final. E deixou uma explicação: "Seriam três semanas sem dormir. Sabe o que é isso? É muito, uma loucura. E o que perdesse demoraria 20 anos a recuperar. Joga-se muito nessa final; demasiado, até”, resumiu.
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