A UEFA anunciou esta sexta-feira que abriu "uma investigação formal" ao Paris Saint-Germain "como parte da sua monitorização contínua de clubes segundo os regulamentos do Fair Play Financeiro".
"A investigação vai centrar-se no cumprimento por parte do clube do requisito de ponto de equilíbrio financeiro, especialmente tendo em conta a sua recente actividade no mercado de transferências", pode ler-se no site oficial da UEFA onde foi emitido o comunicado acerca da investigação ao clube parisiense.
É ainda dito na nota divulgada que "nos próximos meses, o Comité de Controlo Financeiro de Clubes da UEFA vai reunir-se regularmente, por forma a avaliar cuidadosamente toda a documentação afecta a este caso".
O organismo afirma que "o Fair Play Financeiro é um mecanismo de governação essencial, que pretende garantir a sustentabilidade financeira do futebol europeu de clubes", acrescentando que não "fará mais comentários sobre este assunto enquanto a investigação decorrer".
Neste defeso o Paris Saint-Germain abriu os cordões à bolsa. Contratou Yuri Berchiche ao Real Sociedad por 16 milhões de euros e Neymar ao FC Barcelona por 222 milhões de euros. Além disso recebeu o jovem francês Kylian Mbappé por empréstimo de um ano, vindo do Monaco. Neste negócio está inserida uma cláusula obrigatória de compra de 180 milhões de euros que só será acionada no próximo ano.
O que é o 'fair play' financeiro?
O "fair play" financeiro foi aprovado em 2010 e entrou em funcionamento efectivamente em 2011. Desde então, os clubes que se qualificam para as competições da UEFA têm de provar que não tem dívidas em atraso em relação a outros clubes, jogadores, segurança social e autoridades fiscais. Por outras palavras, têm que provar que pagaram as contas.
A partir de 2013 os clubes passaram a ter de respeitar uma gestão equilibrada em "break-even", que por princípio significa que não gastam mais do que ganham, restringindo a acumulação de dívidas.
A partir de Junho de 2015, a UEFA actualizou os seus regulamentos (como faz de tempos em tempos com todos os regulamentos), para abordar circunstâncias específicas, com o objectivo de encorajar mais investimento sustentável, ao mesmo tempo que mantém o controlo sobre gastos excessivos. As situações abordadas incluem clubes que necessitam de reestruturação de negócio, que enfrentem choques económicos súbitos e outros que operam em deficiências estruturais severas de mercado na sua região
Em termos rigorosos, os clubes podem gastar até mais 5 milhões de euros do que ganham por período de avaliação (três anos).
Fonte: Site da UEFA
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