As negociações do acordo foram iniciadas com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, estando a próxima reunião prevista para 23 de novembro.

A proposta em cima da mesa contempla a suspensão do contrato de trabalho “por um período de dois a cinco meses”, envolvendo um máximo de 2.000 empregados (distribuídos em grupos, ao longo de dois anos) da unidade de São José dos Campos, no estado de São Paulo, lê-se numa nota da empresa.

A companhia quer que o ‘lay-off’ envolva inicialmente empregados das equipas de produção, podendo ser estendido para as demais áreas da empresa.

A proposta inclui ainda a “participação dos empregados em curso ou programa de qualificação profissional”.

“O ‘lay-off’ é uma alternativa que possibilita à empresa diminuir temporariamente os custos, contribuindo para que a empresa ultrapasse o período de baixa procura para continuar a produzir normalmente num cenário mais favorável”, justificou a Embraer.

Na nota, lê-se que a medida, que inclui um plano de redução das despesas gerais, é uma consequência “do cenário adverso do mercado aeroespacial e de defesa e segurança”, que tem exigido “um ajuste rápido e efetivo da operação, dos custos e despesas da Embraer”.

Em setembro, a empresa anunciou que alguns setores iriam entrar em férias coletivas a partir de outubro e que 1.470 funcionários aderiram ao programa de rescisões voluntárias.

O programa foi anunciado a 8 de agosto e, na ocasião, a assessoria do terceiro maior fabricante de aviões comerciais do mundo disse à agência Lusa que o objetivo era reduzir, com várias medidas, as suas despesas anuais em cerca de 200 milhões de dólares (183,57 milhões de euros).

Na altura, a empresa referiu que também estava a estudar formas de otimização de custos nas sucursais em todo o mundo.