Deste modo, a Ford Brasil encerrará a produção nas fábricas de Camaçari, no estado da Bahia, a fábrica em Taubaté, no estado de São Paulo, e uma fábrica na cidade de Horizonte, no Ceará, durante este ano.
Os veículos da Ford já fabricados no Brasil serão vendidos até ao fim do "stock". Na sequência, a empresa encerrará as vendas dos automóveis dos modelos EcoSport, Ford Ka e T4.
A empresa justificou que o fecho ocorre “à medida em que a pandemia de covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”.
Jim Farley, presidente e CEO da Ford, afirmou, no mesmo comunicado divulgado no ‘site’ da empresa, saber que “estas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”.
“Estamos a mudar para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo os consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global. Vamos também acelerar a disponibilidade dos benefícios trazidos pela conectividade, eletrificação e tecnologias autónomas”, acrescentou.
O fabricante de automóveis norte-americano informou que irá promover a colaboração dos sindicatos de trabalhadores e outros parceiros no desenvolvimento de um plano para minimizar os impactos do encerramento da produção.
“Trabalharemos intensamente com os sindicatos, os nossos funcionários e outros parceiros para desenvolver medidas que ajudem a enfrentar o difícil impacto deste anúncio”, salientou Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais.
“Quero enfatizar que estamos comprometidos com a região a longo prazo e continuaremos a oferecer aos nossos clientes ampla assistência e cobertura de vendas, serviços e garantia”, concluiu.
A empresa destacou que o encerramento das fábricas no Brasil terá um impacto de aproximadamente 4,1 mil milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros) em despesas não recorrentes, incluindo cerca de 2,5 mil milhões de dólares (2 mil milhões de euros) em 2020 e 1,6 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) em 2021.
Segundo a Ford, “aproximadamente 1,6 mil milhões de dólares será relacionado ao impacto” contabilístico “atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos.”
“Os valores remanescentes de aproximadamente 2,5 mil milhões de dólares impactarão diretamente a caixa [tesouraria] e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos”, concluiu a empresa.
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