Segundo o comentário hoje divulgado sobre o impacto das medidas de contenção contra a pandemia adotadas nestes países (Grécia, Chipre, Malta, Portugal, Espanha e Itália), a evolução da recuperação irá ainda depender de fatores relacionados com a sazonalidade do turismo como o comportamento do turismo doméstico, o motivo e modo de viajar.
Para os economistas da DBRS/Morningstar, embora o início da temporada tenha permitido uma rápida retoma do fluxo turístico internacional, o ressurgimento do contágio em toda a Europa interrompeu a recuperação, com as chegadas de turistas a diminuírem 79% em Espanha, 77% na Grécia e Malta, 76% em Portugal e 84% no Chipre entre os meses de julho e setembro de 2020, em comparação com o mesmo período em 2019.
No entanto, refere, os dados para Itália indicam um desempenho mais resiliente para o setor, com as chegadas internacionais a caírem de forma mais moderada em comparação com os outros países do sul da Europa, 49%, no período de julho a setembro.
“Isso pode refletir as boas ligações terrestres de Itália e a proximidade de alguns pontos de mercados turísticos europeus, como Alemanha, Suíça, Áustria e França, combinados com a situação epidemiológica durante o verão”, sinaliza.
A DBRS/Morninsgtar explica que, dadas essas condições, Itália também pode ter beneficiado do desvio turístico, ou seja, turistas que poderiam ter visitado outros países e optaram por ficar.
A grande queda no fluxo turístico internacional também se reflete nas exportações de serviços de viagem, após “um declínio dramático no segundo trimestre de 2020”, as exportações de viagens mostraram sinais de recuperação em julho e agosto, antes de recair em setembro.
As exportações dos serviços de viagens diminuíram no período de julho a setembro em cerca de 81% na Espanha, 74% na Grécia, 57% em Portugal e 37% na Itália.
Comentários