“Reforçámos as rotas com maior procura nesta época [Natal e Ano Novo], ficando a operação, ainda assim, muito aquém da que se registava antes da pandemia”, referiu o presidente executivo da companhia, Ramiro Sequeira, numa mensagem enviada aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, que dá conta da divulgação da segunda ‘factsheet’ operacional (documento com informação operacional), que a TAP começou a disponibilizar em outubro, com informação atualizada sobre a pandemia e projeções e estudos sobre a indústria a nível mundial, bem como o respetivo impacto na sua operação.
“É neste contexto que a TAP prevê operar, em novembro e dezembro deste ano, cerca de 30% da sua capacidade, face a igual período do ano passado”, acrescentou o responsável.
O presidente da transportadora adiantou, ainda, que a operação do período de Natal e Ano Novo “está preparada para corresponder às necessidades” dos clientes que queiram passar o seu Natal em casa, apesar das restrições impostas para conter a propagação do novo coronavírus.
De acordo com a comunicação aos trabalhadores, a TAP reduziu em 69% a sua capacidade (chamada ASK ‘available seat kilometer’) em outubro de 2020, face a outubro de 2019.
No mesmo período, a transportadora reduziu o número de voos em 67%.
“A evolução da redução do número de voos ao longo deste ano, com vista a ajustar a capacidade e a operação à diminuição da procura e ao aumento das restrições de mobilidade, exprime bem o esforço da TAP para minimizar o impacto da pandemia na nossa atividade”, apontou Ramiro Sequeira.
Nos dados divulgados na ‘factsheet’, a TAP referiu que, ainda assim, a taxa de ocupação (‘load factor’) média global entre maio e agosto, quando ponderada com o volume de voos realizados em cada mês, é de 60%, isto é, vinte pontos percentuais abaixo da taxa média global de 2019, “apesar da drástica redução na capacidade realizada, nomeadamente através da gestão dinâmica e sistemática do ajuste da operação”.
Ramiro Sequeira lembrou ainda as últimas projeções da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla inglesa), que apontam para uma recuperação “lenta e muito determinada pelo nível de confiança”, prevendo-se chegar ao número de passageiros transportados em 2019 entre 2023 e 2024, no cenário base, e, num cenário mais pessimista, a retoma de cerca de 78% do volume de passageiros de 2019 apenas em 2025.
“No curto prazo – a três meses, reportando a fevereiro de 2021 – a projeção da IATA, no que respeita à procura global, prevê uma recuperação de 34% do tráfego global, 58% do tráfego doméstico e 25% do tráfego internacional”, lê-se na missiva.
A TAP deu também conta de que decorreu, ente 16 e 20 de novembro, a auditoria IOSA, um sistema de certificação global reconhecido a nível mundial, destinado a avaliar a gestão operacional e os sistemas de controlo das companhias aéreas, com foco na segurança operacional.
“Estas atividades sublinham a tónica nas nossas prioridades: O bem estar físico e psicológico das nossas pessoas, sendo que devemos permanecer próximos e atentos entre nós, colegas, operar o nosso dia-a-dia com foco em ‘safety’ e na eficiência operacional, retomar progressivamente a nossa atividade com segurança e sustentabilidade, elaborar o plano de restruturação e recuperação que a TAP necessita e reduzir custos não essenciais”, concluiu Ramiro Sequeira.
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