30 anos depois, estas duas equipas mostraram por que razão o futebol vive para lá dos 90 minutos

Tomás Albino Gomes
Tomás Albino Gomes

Hoje, aconteceu pela primeira vez na Bundesliga o dérbi em Berlim entre o Union e o Hertha, duas equipas que há trinta anos estavam separadas por um muro que foi, durante a segunda metade do século XX, a dimensão visível da Guerra Fria — e até hoje separadas entre os escalões inferiores do futebol alemão.

O jogo foi antecipado num clima de festa que coincide com a celebração do trigésimo aniversário da queda do muro de Berlim. A história, que terminou com uma vitória ao cair do pano por 1-0, lembrou-me uma entrevista a James Kirkham, o homem à frente do Copa90, que me disse que talvez a verdadeira riqueza do futebol esteja em tudo o resto para lá dos 90 minutos.

Talvez, por isso, hoje seja tão bom um texto sobre a amizade de Bruno Lage e Carlos Carvalhal, aluno e mestre, como uma crónica do jogo entre SL Benfica e Rio Ave.

E entenda-se que para lá dos 90 minutos também se incluem as histórias dentro do relvado que acontecem fora do tempo regulamentar, como a reviravolta do Liverpool diante do Aston Villa, no tempo extra, e a vitória do Inter sobre o Bolonha, também no tempo de descontos.

É fim de semana, os horários de jogos estão preenchidos e a história do Union e do Hertha ajuda-nos a relembrar que, se no tempo regulamentar há bons golos, para lá dele há grandes histórias. Estejamos atentos, por favor.

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