Princípio da precaução puxa “travão de mão” à Astrazeneca - pelo menos até quinta-feira
A identificação de casos de eventos tromboembólicos depois da toma da vacina da AstraZeneca levou a que o seu uso fosse suspenso em vários países — pelo menos 21, até à data — por "precaução".
Depois da administração de milhares de doses, em Portugal, o Infarmed e a Direção-Geral da Saúde anunciavam, ontem, a recomendação da interrupção da vacinação com o fármaco tendo por base o princípio da precaução em Saúde Pública.
No entanto, politicamente, a atitude em relação à vacina continua positiva. O sinal foi dado pela ministra da Saúde, falando em nome dos seus homólogos após uma reunião virtual em representação da presidência portuguesa da União Europeia. Em conferência de imprensa, Marta Temido assumiu a expectativa de que esta suspensão durará apenas alguns dias, e insistiu que essa decisão de alguns Estados-membros foi tomada para “ganhar o tempo necessário para a Agência Europeia do Medicamento fazer a análise, que eles consideraram fundamental, sobre dúvidas que tinham”.
Também o primeiro-ministro, António Costa, que recebeu a primeira dose da vacina AstraZeneca, disse hoje que "toda a evidência científica demonstra que vacina é segura e efetiva e que aguarda “com ansiedade” a segunda dose em maio.
Mantendo o positivismo, o coordenador da ‘task force’, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, revelou-se confiante na recuperação da "pausa" e assume retomar o processo de vacinação em cinco ou seis dias. E, sem expressar a sua posição sobre a decisão, reiterou que a vacina da AstraZeneca “é uma vacina segura” e fez questão de salientar que “não é uma suspensão, é uma pausa. Não há nada que indique que vá haver uma suspensão da vacina”.
“Há países que não pararam e continuam a vacinar, países com sistemas muito fortes” ao nível da regulação e investigação em saúde, recordou.
Também a comissária europeia Stella Kyriakides — após a mesma reunião em que tomou parte Marta Temido — se referiu à decisão de vários Estados-membros de suspenderem a administração da vacina da AstraZeneca, apontando que é legítima, e espera que seja ultrapassada em dias, assegurando que "a segurança para nós não é negociável”. A comissária deixou ainda o apelo para que Estados-membros utilizem plenamente as vacinas de que dispõem, porque “a situação continua extremamente alarmante em muitos Estados-membros” e “a vacinação é cada vez mais fundamental”.
Já a diretora executiva da Agência Europeia do Medicamento (EMA), Emer Cooke, assumiu, esta tarde, que os problemas relacionados com a vacina da AstraZeneca “não são inesperados”, dada a vacinação de milhões de pessoas.
“O nosso papel [do regulador europeu] é o de avaliar que todos os efeitos secundários são rapidamente investigados, se estão realmente ligados à vacina ou se são coincidência”, declarou, reiterando que “não há evidências de que foi a vacinação [com o fármaco da AstraZeneca] que causou estas situações”, além de que os efeitos secundários apenas se verificaram “num número pequeno de pessoas que receberam a vacina”.
Perante toda esta dúvida à volta de uma vacina, o especialista em Ciências Farmacêuticas Hélder Mota-Filipe alertou que “este tipo de atitudes de suspensão, da suspeita sobre a vacina, cria um ambiente de falta de confiança por parte da população”.
“Se nós começamos a criar um ambiente de suspeição ainda por cima não fundamentado, do ponto de vista científico, estamos a destruir esse potencial que é o único que temos neste momento que é a vacinação”, afirmou. A esse respeito, também nós, no SAPO24, lhe preparámos um guia para dissipar dúvidas.
Depois de tantos reveses com a AstraZeneca, a política da União Europeia foi a de que o melhor mesmo é prevenir e, um dia depois de vários países terem decidido suspender a administração da vacina da AstraZeneca por precaução, a Comissão Europeia anunciou ter chegado a acordo com a BioNTech-Pfizer para a entrega antecipada de 10 milhões de doses da vacina disponíveis já no segundo trimestre. Estes 10 milhões de doses fazem parte do lote de 100 milhões de doses refletidos no segundo contrato com a BioNTech-Pfizer, cuja entrega estava prevista para os terceiro e quarto trimestres de 2021. E Portugal conta receber no segundo trimestre cerca de quatro milhões de doses destas vacinas.
Quanto à AstraZeneca, resta-nos aguardar pelo parecer científico da EMA, que talvez ponha fim aos receios e à “pausa” da administração da vacinação.
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