O Governo espanhol apelou hoje aos separatistas catalães a dissolverem o seu parlamento e convocarem eleições na região para ultrapassar a crise entre Madrid e Barcelona, que ameaça declarar unilateralmente a independência.
O Conselho de Ministros do Governo espanhol aprovou hoje em Madrid um decreto-lei que facilita e acelera a tarefa às empresas que queiram mudar a sua sede social da Catalunha para outras regiões do país.
A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) disse hoje estar “apreensiva” com o que vai acontecer na Catalunha, que enfrenta uma grave crise política, por Espanha ser um dos principais mercados europeus de destino de exportações portuguesas.
O chefe do governo da Catalunha, Carles Puigdemont, pediu hoje para comparecer no parlamento regional na terça-feira, 10 de outubro, atrasando em um dia as explicações à assembleia sobre os passos que conta dar depois do referendo de autodeterminação.
A ministra da Defesa, María Dolores de Cospedal, expressou hoje o compromisso do seu ministério e dos exércitos em "defender a liberdade de todos os cidadãos", por constituir "a missão" que lhe compete desde a Constituição espanhola de 1978.
O Governo catalão acusou hoje o Executivo espanhol de querer "castigar a economia catalã" com o decreto que prevê aprovar na sexta-feira em Conselho de Ministros para facilitar a saída rápida das empresas da Catalunha.
O CaixaBank, que controla o banco português BPI, prevê agendar para sexta-feira um Conselho de Administração extraordinário para aprovar a mudança da sua sede para fora da Catalunha, confirmaram hoje à Efe fontes financeiras.
A demissão do presidente espanhol, Mariano Rajoy, foi hoje pedida por mais de 200 pessoas, no Porto, durante uma manifestação de solidariedade para com a Catalunha, na qual foi apontado como o “culpado” pela escalada de tensão no país.
O comissário europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, afirmou hoje que a Catalunha "nunca será membro da União Europeia" caso promova a secessão de Espanha e se torne num Estado independente.
A direção do Futebol Clube Barcelona emitiu hoje um comunicado onde apela ao início de um processo de diálogo e de negociação para "encontrar soluções políticas" para a situação de crise na Catalunha e ofereceu-se para mediar a crise.
O conselho de administração do banco catalão Sabadell decidiu hoje, em sessão extraordinária, transferir a sua sede social para Alicante, perante a possibilidade de a Catalunha declarar unilateralmente a independência na próxima semana.
O Comité Olímpico Espanhol (COE) convocou hoje uma reunião de emergência do seu executivo para segunda-feira, tendo como único ponto na agenda “estudar a situação atual do desporto espanhol" face à situação que se vive na Catalunha.
O CaixaBank adotará as “decisões necessárias no momento oportuno, sempre com o objetivo de fazer prevalecer os interesses dos clientes, acionistas e empregados”, afirmaram hoje à agência Efe fontes oficiais do banco catalão, referindo-se ao clima de tensão na Catalunha.
O Tribunal Constitucional espanhol suspendeu hoje a sessão do parlamento regional catalão prevista para segunda-feira, com o argumento de que a eventual declaração de independência seria uma infração à Constituição e uma “aniquilação” dos direitos dos deputados.
O chefe do executivo espanhol, Mariano Rajoy, pediu hoje ao presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, que renuncie à declaração unilateral da independência e assegurou que, no momento mais oportuno, fará o que acredita ser melhor para a Espanha.
O futebolista Andrés Iniesta, capitão do FC Barcelona, pediu hoje aos governantes que dialoguem e se entendam para resolverem a solução política na Catalunha.
Perto de 6.000 pessoas, segundo a polícia local, concentraram-se hoje em Salamanca para manifestar apoio aos elementos da Polícia Nacional espanhola e da Guardia Civil que estiveram destacados para impedir o referendo independentista na Catalunha.
O chefe do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, assegurou hoje que irá manter a rota definitiva até à independência, com “a porta aberta ao diálogo”, considerando o executivo de Madrid “irresponsável” por não aceitar uma mediação.
O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, (PP, direita conservadora) rejeitou hoje uma proposta do líder do Podemos, Pablo Iglesias, para iniciar uma mediação com os independentistas da Catalunha, na sequência do referendo de domingo.
A Comissão Europeia lamentou hoje as "tristes imagens" de violência na Catalunha, mas colocou-se ao lado do Governo espanhol ao sublinhar que "o respeito pelo Estado de direito não é opcional" e o governo regional catalão "decidiu ignorar a lei".
Centenas de milhares de catalães denunciaram na terça-feira, em Barcelona, as violências policiais ocorridas no domingo, antes de reagirem ao discurso do rei espanhol.
O presidente do governo regional da Catalunha (Generalitat), Carles Puigdemont, disse à estação pública britânica BBC que vai declarar a independência daquela região “numa questão de dias”.
O rei de Espanha, Felipe IV, acusou hoje “determinadas autoridades” da Catalunha de “deslealdade” institucional e de terem uma “conduta irresponsável”, totalmente à margem do direito e da democracia.