O Conselho de Segurança da ONU exigiu, nesta quinta-feira, o fim do cerco à cidade sudanesa de El-Fasher, na região ocidental de Darfur, onde combates entre forças do governo e paramilitares provocaram uma crise humanitária.
Pelo menos 87 pessoas foram enterradas em duas valas comuns na região de Darfur, no Sudão, depois de mortos pelos paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF), anunciaram hoje as Nações Unidas.
A Associação de Advogados de Darfur, um dos grupos civis mais importantes do território sudanês, pediu hoje o envio "urgente" de uma missão de observação internacional para acabar com as atrocidades nesta região no oeste do Sudão.
O exército sudanês acusou na quarta-feira as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) de "sequestrar e assassinar" o governador do Estado do Darfur Ocidental.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, está "profundamente preocupado" com a situação no Darfur e "consternado com os relatos de violência em larga escala" em toda a região oeste do Sudão.
A região de Darfur, no oeste do Sudão, foi hoje declarada "zona de catástrofe" pelos contínuos assassínios e saques, anunciou o governador, Minni Arko Minawi, enquanto prossegue a incerteza sobre se haverá uma nova trégua no país.
O governador do Darfur, Minni Arko Minawi, apelou hoje aos civis desta região ocidental do Sudão a "pegarem em armas" diante do aumento dos ataques contra os cidadãos e do caos desencadeado no país há mais de um mês.
Guerras é o que não falta, neste planeta habitado por uma espécie agressiva e predadora. Mas há algumas que se prolongam por tanto tempo, em regiões estrategicamente secundárias para os grandes poderes, que o mundo se esquece da sua existência.
O Presidente do Sudão, Omar al Bashir, pediu hoje a retirada total da missão de paz conjunta da União Africana e da Organização das Nações Unidas na região do Darfur (UNAMID), por considerar que a zona está "pacífica".
A ONU lamentou hoje a persistência da violência contra os deslocados no Darfur, no oeste do Sudão, exortando o Governo, que deseja que voltem a casa, a assegurar que o regresso é voluntário e a desarmar as milícias.
O presidente sudanês, Omar al-Bashir, considerou hoje ser tempo de encerrar os campos que acolhem centenas de milhares de pessoas deslocadas no Darfur (oeste) agora que, segundo ele, está a acabar a guerra na região.
O sudanês Belal Ibrahim, de 23 anos, fugiu em 2003 à guerra do Darfur e instalou-se há um ano em Penela, no distrito de Coimbra, no âmbito do projeto-piloto "Residência Paz", depois de uma passagem pelo Egipto.