Os enfermeiros cumprem hoje o último de cinco dias de greve nacional e juntam aos vários protestos que têm realizado pelo país uma concentração junto à Assembleia da República.
A adesão à greve dos enfermeiros foi de 90% no turno da noite, disse o sindicalista José de Azevedo, adiantando que desde o início da paralisação já foram adiadas seis mil cirurgias de rotina.
O primeiro-ministro manifestou hoje esperança de que nos próximos dias Governo e Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) cheguem a um acordo e sustentou que o projetado descongelamento das carreiras vai beneficiar especialmente o setor de enfermagem.
O grupo de enfermeiros que tem dinamizado as ações de protesto em Coimbra tinha organizado para hoje uma entrega de cartões de sócios no Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), em Coimbra, mas ninguém apareceu.
A adesão à greve dos enfermeiros foi de cerca de 87% no turno da noite, disse o sindicalista José de Azevedo, adiantando que espera que o número venha a subir neste terceiro dia de paralisação.
A reunião entre o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e o ministro da Saúde terminou hoje sem conclusões, mas ficou marcada uma nova ronda de negociações para quinta-feira, segundo disse o presidente daquela organização representativa dos trabalhadores.
O CDS-PP anunciou hoje que vai chamar ao parlamento as ordens dos médicos e dos enfermeiros, diretores clínicos e enfermeiros-diretores de 11 centros hospitalares para explicarem o "real impacto" dos protestos dos enfermeiros.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, entende a posição da Ordem dos Enfermeiros quanto à greve que decorre na classe e admite apoiar uma paralisação de médicos que sindicatos possam marcar no futuro.
O Bloco de Esquerda questionou hoje o Governo sobre as medidas "justas e necessárias" reivindicadas pelos enfermeiros, que começaram hoje uma greve de uma semana pela atualização gradual dos salários e horários de 35 horas.
A greve dos enfermeiros teve uma adesão de cerca de 85% no final do segundo turno (15:00), segundo o presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SE), José Azevedo, um dos promotores do protesto que decorre até sexta-feira.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) considerou hoje que o Governo tem "tardado nas respostas" aos enfermeiros, e o ministro da Saúde "tem sido desajustado nas suas declarações" sobre o tema.
Os enfermeiros vão estar em greve entre segunda e sexta-feira, contra a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira, ameaçando com outros protestos.
O ministro da Saúde acusou hoje os enfermeiros especialistas em protesto de atropelarem a lei, a ética e moral, considerando que têm tido um comportamento errático e irregular.
Os hospitais foram alertados pela tutela para estarem atentos a “eventuais ausências de profissionais de enfermagem” durante o período da greve que começa segunda-feira, cuja marcação foi considerada irregular pela secretaria de Estado do Emprego.
Os enfermeiros mantêm a greve nacional para a próxima semana, invocando a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira, informou hoje fonte sindical.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou hoje que os enfermeiros que pretendem ver reconhecida a sua especialização estão a lutar pela qualidade do Serviço Nacional de Saúde e não contra o Governo.
O Presidente da República defendeu hoje diálogo e concertação para resolver o conflito dos enfermeiros especialistas e anunciou que vai receber, na próxima semana, as ordens profissionais ligadas à saúde, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Cerca de 150 enfermeiros especialistas de Saúde Materna, de um universo de mil, estão prontos a entregar o seu título de especialidade em protesto, disse hoje à agência Lusa o porta-voz do movimento destes profissionais.
O Presidente da República condecorou hoje a equipa que salvou o bebé nascido de uma mãe em morte cerebral, agradecendo a dedicação dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde, que é independente do estatuto profissional, "por muito importante que seja".
A Ordem dos Enfermeiros vai continuar a analisar os pedidos de suspensão dos títulos dos enfermeiros especialistas, apesar dos avisos da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), entendidos como ingerência, disse à Lusa o vice-presidente da Ordem.
A Secretaria de Estado do Emprego considerou irregular a marcação da greve dos enfermeiros agendada para a próxima semana, mas o sindicato afirma que mantém a paralisação e vai fazer uma queixa ao Departamento de Investigação e Ação Penal.
Os médicos estão disponíveis para assumir as funções dos enfermeiros de saúde materna e obstetrícia em protesto e apelam aos hospitais para reforçarem os obstetras.
Os enfermeiros de quatro especialidades diferentes manifestaram intenção de entregar os seus títulos de especialista em protesto contra a falta de pagamento devido, disse à Lusa a bastonária da sua Ordem.
A Ordem dos Médicos está preocupada com impacto do protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica, que anunciaram entregar os títulos que os habilita profissionalmente para a especialidade.