A greve dos enfermeiros na região de Lisboa e Vale do Tejo está a registar uma adesão de 68%, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que convocou a paralisação.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses mantém a greve de quatro dias na próxima semana, depois de o Ministério da Saúde ter imposto hoje unilateralmente o “encerramento abrupto” do processo negocial, disse à Lusa o presidente do SEP.
Os sindicatos dos enfermeiros assumem que têm baixas expectativas para a reunião de quinta-feira com o Governo e avisam que ou avançam efetivamente as negociações ou avança a greve cirúrgica.
Uma “parte significativa” das quase 8.000 cirurgias adiadas devido à greve dos enfermeiros já foi remarcada, disse a ministra da Saúde, assegurando haver condições para realizar todas no primeiro semestre do ano, no SNS.
Os enfermeiros vão suspender a greve nos blocos operatórios, mas só a desconvocam se forem assumidos os compromissos exigidos na reunião marcada pelo Ministério da Saúde para quinta-feira, adiantaram os sindicatos.
A recolha de fundos 'online' para financiamento da "greve cirúrgica" dos enfermeiros, com início previsto para segunda-feira, ultrapassou hoje os 400 mil euros, a meta pretendida.
O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) desconvocou esta quarta-feira a greve geral que estava anunciada para a próxima semana, de 08 a 11 de janeiro.
A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) vai desconvocar o primeiro de dois períodos de greve que tinham início este mês, uma forma de “criar espaço para as negociações” com o Governo.
A greve dos enfermeiros em blocos operatórios, que terminou na segunda-feira, levou ao adiamento de 10 mil cirurgias, disse hoje à agência Lusa a presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), Lúcia Leite.
A ministra da Saúde disse acreditar que vai chegar a consenso com os sindicatos dos enfermeiros em janeiro depois de uma reunião hoje com sindicalistas que, no entanto, afirmaram manter a greve no próximo mês.
Representantes do movimento “greve cirúrgica” dos enfermeiros vão ser hoje recebidos pela ministra da Saúde, Marta Temido, num encontro agendado para as 19:30 no Ministério, em Lisboa.
O Ministério das Finanças esclareceu que os 2.600 cheques-cirurgia, anunciados anteriormente pelo ministro Mário Centeno, não são emitidos por causa da greve prolongada de enfermeiros, mas para os casos urgentes em que os hospitais não conseguem cumprir prazos.
A Ordem dos Enfermeiros (OE) defendeu hoje a necessidade de um acordo urgente entre o Governo e os sindicatos em relação à “greve cirúrgica”, alertando para o adiamento de mais de sete mil cirurgias.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE) escreveu esta sexta-feira ao primeiro-ministro a avisar que Portugal está perante “uma catástrofe e uma calamidade sem precedentes” com cinco mil cirurgias adiadas.
A secretária de Estado da Saúde afirmou hoje que o Governo está "cheio de vontade" de chegar a um acordo com os enfermeiros, mas ressalvou que é preciso haver vontade das duas partes.
Os enfermeiros admitem prolongar a greve em blocos operatórios, que está em curso até ao fim do mês, e garantem que "não vão desistir da luta", segundo o presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros.
A Ordem dos Enfermeiros (OE) desmentiu hoje “frontalmente” as “lamentáveis declarações” de um dirigente da Ordem dos Médicos, que acusou os enfermeiros de terem piquetes de greve e de suspenderem cirurgias, colocando em causa a vida de utentes.
O sindicato diz que são falsas as declarações do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, que disse que havia piquetes de greve à entrada dos blocos operatórios para atrasar as cirurgias que não cumprem os serviços mínimos.
O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos denunciou hoje a existência de “piquetes de greve” de enfermeiros à entrada dos blocos operatórios para “atrasar, obstaculizar ou adiar” as cirurgias que não cumprem o critério de serviços mínimos.
Cerca de 3.000 cirurgias programadas adiadas e blocos operatórios a trabalhar em serviços mínimos é o balanço da primeira semana da greve cirúrgica dos enfermeiros que termina no final do ano, disse à Lusa uma fonte sindical.
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje que as cirurgias adiadas devido à greve dos enfermeiros serão reprogramadas “em primeira mão no contexto do Serviço Nacional de Saúde e o quanto antes”.
O primeiro dia de greve dos enfermeiros às cirurgias programadas adiou “praticamente todas” as operações, segundo o movimento que organizou a paralisação e que se diz motivado para continuar, enquanto não houver do Governo uma “vontade eficaz” para negociar.
A Associação dos Administradores Hospitalares apelou esta quinta-feira para a necessidade de um acordo entre o Governo e os enfermeiros para interromper a ‘greve cirúrgica’, alertando que a sua continuação terá impactos “bastantes graves” na saúde dos portugueses.