A Federação Europeia de Enfermeiros (EFN, na sigla em inglês) declarou hoje o seu apoio à Ordem portuguesa e sublinhou ser imperativo que o Governo leve a sério as reivindicações destes profissionais e negoceie com a Ordem.
O Governo afirma que os serviços mínimos foram desrespeitados em cerca de 450 cirurgias em quatro centros hospitalares durante a greve em curso dos enfermeiros nos blocos operatórios, justificando a requisição civil decretada a 07 de fevereiro.
A bastonária dos enfermeiros foi hoje manifestar solidariedade para com o presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros, que entrou em greve de fome, e alertou para o risco de radicalização da luta dos enfermeiros.
O Ministério da Saúde disse hoje que a normalidade regressou aos dez hospitais onde decorre a “greve cirúrgica” dos enfermeiros nos blocos operatórios.
O Governo apresentou na terça-feira, no Supremo Tribunal Administrativo (STA), "fundamentos comprovados" de cirurgias prioritárias adiadas durante os serviços mínimos na greve dos enfermeiros, disse à Lusa o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
O Movimento Greve Cirúrgica está a apelar aos enfermeiros para que na quarta-feira ao meio-dia vão para as portas dos hospitais onde trabalham para manifestar apoio ao presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros (Sindepor), que entrará em greve de fome.
O Ministério da Saúde afirma que as faltas a atribuir aos enfermeiros em greve devem ser avaliadas pelos hospitais caso a caso, indicando que ainda hoje serão emitidas orientações para as unidades onde decorre a greve cirúrgica.
O primeiro-ministro considerou hoje que o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a greve dos enfermeiros nos blocos operatórios, considerando-a ilícita, é “muito claro”, tendo agora os sindicatos de cumprir a lei.
O advogado Garcia Pereira, que representa um dos sindicatos que convocaram a greve nos blocos operatórios dos hospitais, afirmou hoje que "é unicamente" aos tribunais que compete declarar a ilicitude da paralisação.
O Ministério da Saúde afirmou hoje que vai indicar "factos comprovativos" do incumprimento dos serviços mínimos na greve dos enfermeiros quando apresentar nos próximos cinco dias a defesa contra a intimação movida por um sindicato de enfermeiros.
A decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) de admitir a intimação do sindicato dos enfermeiros a contestar a requisição civil não suspende os efeitos desta figura decretada pelo Governo, esclareceu hoje o advogado Garcia Pereira.
O Supremo Tribunal Administrativo admitiu hoje a intimação apresentada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses, dando cinco dias ao Governo para apresentar a sua defesa.
Perto de uma centena de enfermeiros concentraram-se hoje junto ao Hospital das Caldas da Rainha numa vigília de solidariedade para com os colegas em ‘greve cirúrgica’ e contra a requisição civil decretada pelo Governo.
O Presidente da República considerou hoje que se deve aguardar a decisão judicial sobre a intimação entregue pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros e escusou-se a responder ao pedido do CDS-PP para que assuma um "papel moderador" neste conflito.
A greve dos enfermeiros em blocos operatórios que decorre desde 31 de janeiro levou ao adiamento de 56% das 4.782 cirurgias previstas na primeira semana da paralisação, indica um balanço do Ministério da Saúde divulgado hoje.
O Sindicato Democrático dos Enfermeiros (Sindepor) entregou hoje a intimação para a proteção de direitos, liberdades e garantias da classe, contestando a requisição civil decretada pelo Governo, avançou à Lusa o advogado Garcia Pereira.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou hoje que os partidos da esquerda também apoiaram no passado greves e manifestações sem qualquer preocupação de escrutínio, como acontece agora com os enfermeiros.
O secretário-geral do PCP considerou hoje que a requisição civil decretada pelo Governo para a greve de enfermeiros em blocos operatórios não resolve o problema e apelou ao diálogo entre as partes para se encontrar uma solução.
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho adiantou hoje à Lusa que os serviços mínimos decretados para a greve dos enfermeiros estão a ser cumpridos.
O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, condenou hoje a requisição civil decretada para a greve dos enfermeiros e defendeu negociações entre o Governo e sindicatos deste setor.
A portaria que decreta com efeito imediato a requisição civil dos enfermeiros que aderiram à greve nos centros hospitalares onde não foram cumpridos os serviços mínimos foi, esta quinta-feira, publicada em Diário da República.
O Ministério da Saúde identificou incumprimentos dos serviços mínimos decretados para a greve de enfermeiros em blocos operatórios em quatro dos sete centros hospitalares onde decorre a greve e diz que a requisição civil será aplicada “na medida do estritamente necessário”.
Enfermeiros preparam novas formas de luta e protesto para responder à requisição civil, que podem passar por faltar ao trabalho, deixar de fazer horas extra ou não realizar cirurgias de recuperação de listas de espera.
O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) afirmou-se hoje surpreendido por o Governo decretar requisição civil na greve cirúrgica dos enfermeiros, argumentando que essa figura não se justifica quando os serviços mínimos são cumpridos.