A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, afirmou hoje que o acordo entre Governo e sindicatos para a contagem do tempo de trabalho dos professores "tinha de ser" e assumiu que esta medida deve abranger outros profissionais.
O Governo congratulou-se com o acordo alcançado com os sindicatos da educação para a reposição salarial do tempo de serviço congelado e diz que o compromisso assinado traduz “um modelo responsável, financeiramente sustentável”.
Governo e sindicatos da educação chegaram esta madrugada a um compromisso, que durante dez horas esteve pendente da discussão de pormenores, mas que conseguiu avanços e permite continuar negociações em dezembro sem comprometer nenhuma reivindicação dos professores.
A Frente Sindical de Docentes saiu hoje do Ministério da Educação sem acordo com o Governo, que propôs aos sindicatos que os professores apenas comecem a receber o valor correspondente à recuperação do tempo de serviço em 2020.
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, reiterou hoje que a central sindical admite uma solução faseada de vários anos para os professores, mas alertou que esta terá de começar já a 01 de janeiro do próximo ano.
O candidato à liderança do PSD Pedro Santana Lopes defendeu que seria “inaceitável” que qualquer solução para os professores seja atirada para a próxima legislatura, considerando que tal seria um reconhecimento do Governo que não espera ser reeleito.
O Presidente da República afirmou que, "em democracia, as greves são um fenómeno natural", escusando-se a comentar a de hoje dos professores uma vez que diz respeito a situações que "diretamente se relacionam com o Orçamento do Estado".
O candidato à liderança do PSD Rui Rio defendeu hoje “uma posição de equilíbrio” entre as pretensões dos professores e as possibilidades do Governo, mas lamentou que tenha sido necessária uma greve para que se faça esse diálogo.
O PCP, o BE e o PEV manifestaram hoje apoio aos professores que se concentraram em frente à Assembleia da República, em dia de greve nacional, para exigir a contagem do tempo de serviço.
A deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa defendeu que as posições dos sindicatos de professores são "bons pontos de partida, aceitáveis", para uma negociação, expressando compreensão pelo protesto dos docentes.
Milhares de professores aprovaram, diante da Assembleia da República, uma resolução em que declaram a sua firme determinação em defender a recuperação dos mais de nove anos de serviço em que as carreiras estiveram congeladas.
O secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE) defendeu que não pode haver injustiças entre os trabalhadores da Função Pública, com uns a terem anos de carreira contabilizados e outros, como os professores, não.
A adesão à greve dos professores, que se realiza, ronda os 90%, de acordo com os dados recolhidos pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) no primeiro tempo da manhã.
Várias escolas da região do Porto estão hoje fechadas devido à greve dos professores, que a coordenadora do Sindicato dos Professores do Norte descreveu como “uma das maiores de sempre”, com “uma adesão esmagadora”.
A secretária de Estado Adjunta e da Educação prometeu esta quarta-feira no parlamento que vai ser feita “uma contagem do tempo de serviço” dos professores de forma faseada, que será negociada com os sindicatos.
Os professores que se manifestam sob a bandeira sindical da Fenprof iniciaram pouco depois das 10:30 um desfile rumo à Assembleia da República ao som de ‘Grândola Vila Morena’, de José Afonso.
Os professores realizam hoje uma greve geral e uma concentração em frente ao parlamento, o que deixou vários alunos sem aulas. Aqui fica o retrato de um dia de greve nas escolas, de norte a sul do país.
A greve dos professores marcada para hoje fez duas das maiores escolas de Braga "arrancar pela metade", com alunos a ter aulas "com toda a normalidade" e outros a festejar o "feriado a meio da semana".
O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse hoje que a greve dos professores "vai ser decisiva" para o plano negocial e salientou que a expectativa de adesão à paralisação "é grande".
Os professores realizam hoje uma greve geral e uma concentração em frente ao parlamento, enquanto é debatida a proposta do Orçamento do Estado na especialidade com medidas polémicas como a não contagem do tempo de serviço.
O secretário-geral do PS afirmou hoje que o cronómetro da carreira dos professores vai voltar a contar para efeitos de progressão, mas que a reposição imediata e total dos anos de congelamento custaria 650 milhões de euros.
O secretário geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, disse hoje que os professores devem dar uma “resposta forte” na greve de quarta-feira, após uma reunião com elementos do Governo.
O líder do CDS-PP/Açores defendeu hoje a contabilização dos anos de serviço congelados para efeitos de progressão da carreira dos docentes no arquipélago, reivindicando que o Governo Regional, do PS, “cumpra com a sua palavra”.
O pagamento do tempo de serviço prestado pelos professores durante os anos em que as carreiras estiveram congeladas iria pôr em causa os próximos Orçamentos do Estado, disse hoje fonte do Governo.