Tiago Teixeira, Cármen Silva, Ruben Leal e Renata Lei têm entre 15 e 18 anos e estão, desde segunda-feira, nos laboratórios do INESC TEC a desenvolver tarefas e pequenos projetos relacionados com ciência de dados, inteligência artificial e aprendizagem automática.
Sob o lema “Como vai ser a Inteligência Artificial em 2030?”, o estágio, desenvolvido no âmbito do programa Ciência Viva no Laboratório, pretende "desafiar os alunos a pensar de que forma a inteligência artificial vai ter impacto na vida das pessoas".
Em entrevista à agência Lusa, José Manuel Mendonça, presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, explicou hoje que, ao longo desta semana, sete investigadores do instituto estão a trabalhar juntamente com os jovens do ensino secundário numa tentativa de "fazer crescer neles o interesse e paixão" pela ciência e tecnologia.
"Mostramos-lhes qual o impacto, utilidade e para que servem as várias tecnologias que temos no instituto, seja desde levar comida aos doentes nos hospitais, até colaborarem com os trabalhadores nas fábricas ou realizarem tarefas perigosas para o humano", disse o responsável.
Depois de passarem por uma série de oficinas especializas e realizarem algumas visitas externas, os jovens vão na sexta-feira apresentar um projeto final com grande impacto em 2030, tendo por base uma ideia inovadora, seja uma nova empresa, negócio ou tecnologia.
Para José Manuel Mendonça, este momento será o mais "desafiante" de todo o estágio, mas também o mais importante para os jovens começarem a "treinar competências relacionadas com o processo criativo".
"Eles estão numa fase interessante porque não sabem se vão para bioengenharia, informática ou outra área e o estágio também os ajuda neste processo", salientou.
O programa Ciência Viva no Laboratório, que se realiza há 23 anos, já envolveu, através dos estágios em laboratórios científicos de todo o país, mais de 16 mil alunos.
Este ano, a iniciativa prevê realizar até dia 06 de setembro mais de 300 estágios em áreas tão distintas como robótica, impressão 3D e energias renováveis em 68 instituições do país, abrangendo cerca de 1.050 estudantes desde o 9.º até ao 12.º ano de escolaridade.
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