• Participam nesta edição 41 países, de três continentes (Europa, Ásia e Oceania). A Ucrânia desistiu de participar em fevereiro depois de a televisão pública nacional não ter conseguido chegar a acordo os três primeiros classificados nacionais — entre os quais a vencedora, que acusava a estação pública de pressão política.
  • Nesta edição, 28 temas vão ser cantados em inglês, quatro em inglês e numa outra língua (francês, croata ou polaco) e apenas nove exclusivamente na língua nacional (eslovaco, húngaro, sérvio, georgiano, islandês, português, albanês, espanhol e italiano).
  • Algo único na história da Eurovisão, o representante da suécia, John Lundvik, é também um dos compositores da canção do Reino Unido, “Bigger than Us”, que será interpretado por Michael Rice.
  • Serhat, Sergey Lazarev, Joci Papai, Tamara Todevska e Nevena Božović repetem a experiência eurovisiva. Os representantes de San Marino, Rússia, Hungria, Macedónia do Norte e Sérvia, respetivamente, voltam a tentar a sua sorte nesta edição. Desta lista, o russo Lazarev foi quem conseguiu um melhor lugar quando em 2016 venceu a primeira semifinal e terminou em 3.º lugar na Grande Final com a música “You Are the Only One”.

  • Dos 41 temas em competição, 18 deles têm títulos de uma só palavra. "Telemóveis" de Conan Osiris é um deles.
  • Por falar em Conan, o representante nacional atuará na 15º. posição na primeira semifinal (com transmissão na RTP1 pelas 20h00). Além do intérprete de “Telemóveis”, sobem a palco esta terça-feira os representantes da Grécia, Chipre, Austrália, Islândia, Hungria, Sérvia, República Checa, Eslovénia, Bélgica, Estónia, Polónia, Bielorrússia, San Marino, Geórgia, Finlândia e Montenegro.
  • Na segunda final, no dia 16 de maio e com transmissão na RTP1 pelas 20h00, irão atuar os representantes da Holanda, Suécia, Rússia, Suíça, Azerbaijão, Malta, Macedónia do Norte, Noruega, Arménia, Dinamarca, Albânia, Roménia, Lituânia, Moldávia, Áustria, Croácia, Letónia e Irlanda. A final, que decorre no dia 18 e com transmissão na RTP1 pelas 20h00, é disputada pelos 20 países escolhidos nas semifinais, pelos denominados ‘Cinco Grandes’ (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) e pelo país anfitrião (Israel).
  • Israel recebe o evento pela terceira vez, apesar de já ter vencido por quatro vezes. Em 1980, quer por falta de verbas quer por incompatibilidades com o calendário judaico, o país optou por não acolher o festival nem participar. Até ao presente, esta foi a única vez que um país não defendeu a sua vitória no ano seguinte. A 25ª. edição da Eurovisão aconteceu então na Holanda e sagrou vencedor, pela primeira vez, Johnny Logan, pela Irlanda.
  • 1979, 1999 e 2019. Vinte anos separam cada uma das três prestações de Portugal na Eurovisão em Israel. Com Manuela Bravo e “Sobe Sobe Balão Sobe”, em 1979, foi a primeira vez que a competição aconteceu numa cidade fora do continente europeu, Jerusalém, e foi a última vez que a final aconteceu em março. O evento também foi o primeiro programa a cores produzido pela televisão pública israelita, a IBA. Em 1999, Portugal não tinha conseguido obter a pontuação necessária (calculada com a média das últimas cinco participações) para chegar à competição. Dada a desistência da Letónia e da Hungria, Rui Bandeira, com o tema "Como tudo começou" foi repescado para a final (à data não havia semifinais).
  • A vencedora da edição passada, Netta, irá apresentar um novo tema em exclusivo na grande final, onde a rainha da pop Maddona também irá atuarConchita Wurst, Verka Serduchka, Måns Zelmerlöw e Eleni Foureira vão celebrar as músicas da Eurovisão, juntando-se depois em palco Gali Atari, vencedora da edição de 1979, para interpretar a uma só voz "Hallelujah". Gal Gadot, a atriz e modelo israelita que foi a Mulher Maravilha no grande ecrã participará também do evento. 

  • A venda de bilhetes gerou algumas críticas, pelo preço, considerado elevado (as entradas foram postas à venda com preços entre 75 e 500 euros) e o número reduzido de acessos a fãs. Apesar do local, o Centro de Convenções de Telavive, poder acolher cerca de 10 mil pessoas, apenas 7.300 lugares estão disponíveis devido ao tamanho do palco e ao equipamento técnico, bem como às medidas de segurança. Dos 7.300 lugares, 3.000 foram reservados pela EBU (organizadora do evento), ficando apenas 4.300 disponíveis para os fãs. A 3 de março, a emissora de radiodifusão estatal israelita Kan suspendeu a venda de entradas depois de suspeitas de “irregularidades”. Na origem da suspensão estava, segundo a Kan, o facto de muitos dos bilhetes para os melhores lugares terem ido parar às mãos de personalidades famosas da televisão e mundo desportivo em vez de terem sido distribuídos entre o público em geral.
  • A edição deste ano fica também marcada por vários pedidos de boicote ao festival. Várias organizações de todo o mundo, incluindo de Portugal, apelaram ao boicote à edição deste ano do concurso, por se realizar em Israel. O músico britânico Roger Waters, um dos fundadores dos Pink Floyd, dirigiu inclusive uma carta aberta a Conan Osiris. O guitarrista considera que, entre os finalistas da Eurovisão, o representante português é aquele que tem “amor suficiente no coração para se erguer e fazer a diferença”, ao “defender o lado certo da história”, bastando-lhe, para isso, “fazer a coisa certa” e ser “o tal”. Antes, no início de março, já o Comité de Solidariedade com a Palestina, o SOS Racismo e as Panteras Rosa tinham apelado a Conan Osiris para não ir a Telavive representar Portugal, em solidariedade com artistas palestinianos.

Do primeiro escândalo Eurovisivo ao recorde de pontos de Salvador Sobral

  • O primeiro Festival Eurovisão da Canção realizou-se no dia 24 de maio de 1956 em Lugano, na Suíça. Na sua primeira edição participaram apenas 7 países: Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Luxemburgo e Suíça. O país anfitrião ganhou com "Refrain", tema interpretado por Lys Assia.
  • Em 1957, a canção italiana, "Corde della mia chitarra", tinha a duração de 5 minutos e 9 segundos. Algo que não se repetiu uma vez que as regras foram alteradas e, agora, as canções concorrentes não podem durar mais de 3 minutos. A canção mais curta da história do certame tem apenas 1 minuto e 27 segundos: “Aina Mun Pitaa”, tema com o qual a Finlândia concorreu em 2015.
  • O primeiro escândalo da história da Eurovisão ocorreu em 1957, quando os concorrentes dinamarqueses, Birthe Wilke e Gustav Winckler, beijaram-se durante 11 segundos no final da sua atuação.
  • A canção com mais versões da história da Eurovisão é “Nel Blu Dipinto Di Blu”, de Domenico Modugno (1958), também conhecida como “Volare”. Nomes como Dean Martin, Cliff Richard, David Bowie e os Gipsy Kings já a cantaram.

  • O Luxemburgo já venceu por 5 vezes (1961, 1965, 1972, 1973 e 1983), sem que nenhum dos seus concorrentes fosse luxemburguês. Quatro eram franceses e uma, Vicky Leandros, era grega.
  • Esta será a 51ª participação de Portugal na Eurovisão. A primeira vez foi em 1964, com o tema “Oração”, de António Calvário. O país não participou em apenas cinco edições: 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016.
  • O primeiro festival transmitido a cores teve lugar em 1968, no Royal Albert Hall (Londres, Inglaterra).
  • A canção com a qual Espanha concorreu em 1968, “La La La”, contém nada mais nada menos que 138 'las'. E ganhou.
  • A Irlanda é o país com mais vitórias no Festival Eurovisão da Canção, sete, mas não vence há 22 anos, sendo ainda detentora do maior número de triunfos consecutivos, três, entre 1992 e 1994.
  • A Noruega ficou 11 vezes no fundo da classificação (1963, 1969, 1974, 1976, 1978, 1981, 1990, 1997, 2001, 2004 e na final de 2012), apesar de também já ter ganhado por três vezes (1985, 1995 e 2009).
  • Apesar de já se terem realizado 62 edições do Festival da Eurovisão, há 65 vencedores, uma vez que em 1969 quatro países terminaram empatados no topo da classificação (Reino Unido, Espanha, França e Holanda), não havendo, à altura, qualquer regra de desempate.
  • A Áustria, a Finlândia, a Noruega, Portugal e a Suécia boicotaram o concurso em 1970, insatisfeitos com os resultados verificados em 1969 e com a estrutura das votações.

  • Em 1971, foi acordado que cada país poderia ter até seis artistas em palco. Até então, só eram permitidos solos ou duetos. Animais continuam a não ser permitidos.
  • De 1978 a 1998, as regras indicavam que cada país teria que cantar numa das suas línguas oficiais. E a presença de uma orquestra em palco foi obrigatória até 1998.
  • Marrocos já participou no festival, em 1980. Terminou no penúltimo lugar, tendo recebido pontos apenas da Itália.
  • O irlandês Johnny Logan venceu duas vezes como intérprete (1980 e 1987), o único repetente até à data.
  • Em 1981, a Itália boicotou o concurso dizendo que era “demasiado antiquado”.
  • A concorrente belga de 1986, que venceu esse concurso, tinha apenas 13 anos, apesar de ter dito aos produtores que tinha 15. Sandra Kim ainda hoje é a vencedora mais jovem de sempre. Em 1989, a concorrente francesa tinha apenas 11 anos, e o israelita apenas 12. No ano seguinte, decidiu-se que os concorrentes deveriam ter mais de 16 anos de idade à data do dia da Grande Final. O concorrente mais velho até hoje é Emil Ramsauer, que tinha 95 anos quando concorreu com a banda Takasa, em 2013, pela Suíça.
  • Entre os concorrentes que tiveram carreiras de sucesso após participarem no concurso contam-se os ABBA, Céline Dion, Cliff Richard, Júlio Iglésias e o 'nosso' Salvador Sobral.  Apesar de ser canadiana, Céline Dion concorreu pela Suíça, em 1988, com a canção “Ne Partez Pas Sans Moi”. E já agora, os ABBA receberam, em 1974, zero pontos do Reino Unido.
  • O televoto foi instituído em 1997. Até então, os resultados eram decididos por um júri nacional.

  • O maior número de espetadores a assistir ao vivo à final registou-se em 2001, quando cerca de 38 mil pessoas marcaram presença no Estádio Parken, em Copenhaga, para assistir à primeira vitória da Estónia no certame.
  • Em 2011, Lena, vencedora do Festival Eurovisão da Canção em 2010, decidiu defender o título em casa — na Alemanha. E não foi a primeira a fazê-lo. Já em 1957 a suíça Lys Assia o tinha tentado, depois de vencer a primeira edição do concurso.
  • E já se perguntou porque é que a Austrália faz parte da competição? O país foi convidado a participar no concurso pela primeira vez em 2015, por ocasião do 60ª aniversário da Eurovisão. E apesar de nunca ter participado até essa data, desde 2005 que o concurso europeu era transmitido anualmente pelo canal de televisão do país, a SBS, tendo ganho popularidade e muitos fãs. A sua estreia, com Guy Sebastian, correu tão bem (um quinto lugar) que valeu à Austrália um lugar definitivo na Eurovisão.
  • Em 2015, o Festival foi reconhecido pelo Livro de Recordes 'Guinness' como o mais longo programa anual de competição de música.
  • Portugal detém atualmente o recorde de pontos numa Grande Final. Em 2017, Salvador Sobral venceu o concurso com um recorde de 758 pontos, por “Amar Pelos Dois”.
  • O compositor alemão Ralph Siegel participou em 22 edições do Festival da Eurovisão, a última em 2017, quando compôs a canção de San Marino. Venceu uma única vez, em 1982, com o tema da Alemanha, "Ein Bißchen Frieden".
  • Após a vitória de Salvador Sobral, o país com maior número de presenças sem vitórias é o Chipre (com 35 participações). Segue-se-lhe Malta e a Islândia (ambas com 31 participações). Em 2017 Portugal contava 48 participações sem uma vitória.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.