A informação foi avançada hoje à imprensa pelo diretor artístico do D. Maria II, Tiago Rodrigues, à margem da apresentação da nova temporada deste teatro, realizada na sala Garrett, e em que cada espetáculo da programação foi apresentado por um espectador, de diferentes idades, sexo, profissões e estrato social.
A nova temporada do D. Maria II volta a abrir num fim de semana – 15 e 16 de setembro -, com entrada livre para as várias propostas desta sala ao Rossio, e contempla ainda mais cinco estreias, a apresentar nos meses de abril a julho de 2019, e que serão anunciadas mais tarde, disse Tiago Rodrigues.
“Teatro”, com texto e encenação de Pascal Rambert, a apresentar em estreia, na sala Garrett, “À espera de Godot”, outra estreia com encenação de David Pereira Bastos, a partir do texto homónimo de Samuel Beckett, nos primeiro fim de semana, na sala Estúdio, e “Um espetáculo para os meus filhos”, de Rui Pina Coelho, são as peças de teatro a que o público pode assistir, de forma gratuita e à semelhança de temporadas anteriores, nos dois dias que assinalam a abertura da nova temporada, a partir de 15 de setembro.
Como propostas de entrada livre para esse fim de semana, o D. Maria II propõe ainda um projeto intitulado “École des Maîtres”, no dia 16, na sala Garrett, leituras encenadas a decorrer nos dois dias em vários espaços do teatro, um concerto na varanda, no dia 15, com artista a anunciar, uma feira do livro de teatro, durante o primeiro fim de semana, além de continuar patente a exposição sobre Amélia Rey Colaço, no ‘foyer’ da sala Garrett.
“Para todos os géneros e não para um género de pessoas. Para todos e para todas” é como o diretor artístico do Teatro D. Maria II qualifica a programação da nova temporada, porque o serviço público de Cultura é, acima de tudo, o esforço de tornar o acesso à criação artística cada vez mais democrático, plural e inclusivo”, argumentou Tiago Rodrigues.
“O primeiro passo é dar condições de trabalho a quem faz o teatro que as regras de mercado não permitem que exista, e sem o qual não podemos existir verdadeiramente enquanto sociedade”, escreve o responsável pela programação do D. Maria, no dossier da nova temporada.
Outras das estreias anunciadas hoje são “Worst of”, pelo Teatro Praga, de 01 a 08 de novembro, na sala Garrett, e “Quarto minguante”, um texto de Joana Bértholo, encenado por Álvaro Correia, na sala Estúdio, de 15 de novembro a 16 de dezembro.
“As crianças loucas”, uma adaptação de João Cachola de “Coração das trevas” (Joseph Conrad), e “Apocalypse now” (de Francis Ford Coppola, inspirado na obra de Conrad), de 11 a 13 de janeiro de 2019, na sala Estúdio, no âmbito do ciclo Recém-Nascidos, contam-se entre as criações que este teatro nacional apresenta para a nova temporada, assim como “Sequências narrativas completas”, de João de Sousa Cardoso, a partir de textos de Álvaro Lapa – outro espetáculo em estreia, coproduzido pel D. Maria II.
“Frei Luís de Sousa”, uma encenação de Miguel Loureiro a partir da obra homónima de Almeida Garrett, de 01 a 07 de março de 2019, na sala com o nome deste autor – o fundador do Teatro Nacional, que especialistas consideram o precursor do Romantismo em Portugal -, é outra das criações propostas, também em coprodução.
De regresso à sala Garrett, como Tiago Rodrigues já avançara à Lusa, estará também “Montanha-russa”, o espetáculo de Inês Barahona e Miguel Fragata com música ao vivo dos Clã, que esgotou lotações do Teatro Nacional, na temporada em curso.
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