O agressor que abriu fogo na Universidade Charles, em Praga, matou 13 pessoas antes de cometer suicídio, anunciaram as autoridades, revendo o número de vítimas, que tinha sido apontado como 14.

“Conhecemos as identidades dos mortos. São 13 as vítimas do atirador louco, além de ele mesmo”, afirmou o ministro do Interior, Vit Rakusan, em declarações à televisão pública checa, tendo depois a polícia confirmado que o atirador cometeu suicídio.

Entre as vítimas estão três cidadãos estrangeiros, cuja nacionalidade não foi revelada, mas as respetivas embaixadas foram informadas, segundo as autoridades.

Como ajudar alguém em risco?

A comunidade pode ter um papel relevante na prevenção do suicídio. É importante ter a consciência de que a maior parte das pessoas que se suicidaram avisaram antes e que, portanto, nunca deveremos menorizar um aviso de suicídio.

Todas as pessoas que tenham ideias de suicídio devem procurar apoio imediato e a família deve lutar por esse apoio. Recorde-se a necessidade de tratar a depressão, que é uma doença e não um estado de espírito — e é tratável. Existe uma urgência de psiquiatria com atendimento imediato em muitos locais e que em todos os distritos há um serviço de psiquiatria com consultas.

Caso tenha pensamentos suicidas ou conheça alguém que revela sinais de alarme, fale com o médico assistente. Se sentir que os impulsos estão fora de controlo, ligue 112.

Outros contactos:

SOS Voz Amiga
Lisboa (atendimento das 16 às 24h)

21 354 45 45
91 280 26 69
96 352 46 60

SOS Telefone Amigo
Coimbra
239 72 10 10

SOS Estudante
Coimbra
808 200 204

Escutar - Voz de Apoio
Gaia
22 550 60 70

Telefone da Amizade
Porto
22 832 35 35

A Nossa Âncora
Sintra
219 105 750
219 105 755

Departamento de Psiquiatria de Braga
Braga
253 676 055

Brochura do INEM
Ler aqui.

Durante o dia de hoje, várias pessoas juntaram-se à porta da universidade, onde acederam velas e prestavam homenagem às vítimas do tiroteio.

Um dos presentes foi o primeiro-ministro checo, Petr Fiala, que deixou flores junto a um memorial.

As autoridades reforçaram a segurança junto de escolas e outros edifícios públicos em todo o país esta sexta-feira, e todas as aulas e atividades na universidade onde ocorreu o tiroteio foram canceladas, segundo a agência Reuters.

Recorde-se que o ataque começou por volta das 15h30 locais (14h30 em Lisboa) de quinta-feira, num edifício localizado perto da Faculdade de Letras, no centro histórico da capital checa, onde se situam importantes locais turísticos, como a Ponte Carlos, do século XIV, sendo os motivos do crime e as armas utilizadas – o assassino levou para a faculdade uma mala com um arsenal de munições – ainda desconhecidos.

Segundo o chefe da polícia, Martin Vondrasek, a polícia começou a procurar o jovem antes mesmo do tiroteio, depois de o seu pai ter sido encontrado morto na vila de Hostoun, a oeste de Praga.

O atirador “partiu para Praga a dizer que se queria suicidar”, acrescentou.

Uma primeira busca foi realizada no edifício da Faculdade de Letras, onde o assassino iria frequentar uma aula, mas o jovem dirigiu-se a outro edifício e as autoridades não o encontraram a tempo.

Além dos mortos, o tiroteio provocou 25 feridos, nove dos quais ficaram em estado grave, mas já estão estabilizados, de acordo com fontes hospitalares.

Tiroteio numa universidade em Praga faz pelo menos 14 mortos e 25 feridos. Atirador foi abatido
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Segundo a emissora pública CT24, as vítimas sofreram impactos na cabeça, no esterno e nas extremidades, e alguns tiveram de ser submetidos a cirurgia.

Hoje de manhã, os transportes urbanos na zona, em redor da famosa Ponte Carlos, foram restabelecidos, depois de terem sido interrompidos devido ao ataque.

O Governo decretou que sábado será “dia de luto nacional”, e às 12h00 tocarão as sirenes e será cumprido um minuto de silêncio.

O Ministério do Interior anunciou também um reforço das medidas preventivas na universidade, que implica a presença de agentes de segurança com armas até 1 de janeiro.

O ministro Vit Rakusan pediu ainda à imprensa que fosse discreta com as informações sobre o suspeito e não publicasse as suas fotos ou informações sobre o jovem, para não incitar outras pessoas a imitar a sua ação.